A situação das piscinas mal-cuidadas com acúmulo de lodo, água turva e com lixo, mostrada na edição de ontem do Jornal do Povo teve grande repercussão. Além das piscinas do antigo Comercial Esporte Clube, a reportagem também citou outros locais que estão facilitando a proliferação do mosquito da dengue, bem como a dificuldade que os agentes de endemias enfrentam para verificar imóveis fechados. Conforme dados do IBGE, Três Lagoas tem 547 domicílios fechados, 1.898 não ocupados de uso ocasional e 4.067 imóveis particulares de uso ocasional vago.
A reportagem procurou ontem (2) o responsável pelo Setor de Endemias da Secretaria de Saúde, Wilson Roberto para saber das estratégias para realizar as visitas nesses locais, mas não conseguiu localizá-lo. O supervisor geral do Setor, Valdecir Antonio Marangon, disse por telefone que não podia repassar informações, por uma questão de hierarquia da Secretaria. Sabe-se que em anos anteriores, o Setor reuniu-se com donos de imobiliárias e notificou proprietários de imóveis fechados.
O presidente do Comercial Esporte Clube, João Torres, disse que há dois anos, parte do clube, onde estão localizadas as piscinas foi vendida. Ele também se mostrou indignado com a situação da piscina e disse que também já denunciou o problema para o setor de endemias. Em nota encaminhada ao Jornal do Povo, o presidente disse que a secretaria de saúde nunca procurou o escritório do clube que funciona em horário comercial.