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Três Lagoas

Programa Municipal fecha 2013 com 23 casos de hanseníase

Coordenador informa que, no ano de 2012 foram registrados cerca de 35 novos casos da doença

O Programa Municipal de Controle de Hanseníase e Tuberculose da Secretaria de Saúde de Três Lagoas fechou 2013 com a constatação de 23 novos casos da doença, segundo informações prestadas pelo coordenador do programa, o fisioterapeuta Antônio Carlos Modesto. O Dia Mundial do Hanseniano é comemorado nesta sexta-feira.

O coordenador informa que, no ano de 2012 foram registrados cerca de 35 novos casos da doença, ou seja, houve diminuição de aproximadamente 52%, de 2012 para 2013.

No Dia Mundial de Combate ao Câncer Pele, realizada em novembro, a equipe do programa participou da ação e, de acordo com Modesto, dos 145 atendimentos efetuadas na data da campanha, foram confirmados três novos casos que estão em tratamento e sendo acompanhados pelos médicos.

“Mantemos, desde 1998, ações constantes, com apoio dos agentes comunitários para controle da doença. Naquele ano a incidência da hanseníase em Três Lagoas era 140 casos para cada 100 mil habitantes, uma vez que foram detectados na época, 80 pessoas com a doença que é infecto contagiosa, mas hoje está bem controlada, já que o paciente, quando diagnosticado, é direcionado para a unidade de saúde próximo da sua casa. O paciente recebe tratamento de seis ou 12 meses e, os medicamentos, que são importados, são liberados pelo Ministério da Saúde, embora o acompanhamento médico possa ser estendido por anos, mesmo após a alta, mas isso corresponde a apenas 30% dos casos”, afirma.

A DOENÇA
A contaminação da hanseníase ocorre, pela bactéria que fica solta no ar, quando expelida por quem está doente, mas Modesto lembra que 90% das pessoas têm a defesa natural contra a bactéria. O período de encubação da hanseníase é de 6 meses a 2 anos, em média.

“É importante que a doença seja detectada na fase inicial, antes do período contagioso. Um dos cuidados do portador da hanseníase é que ele evite espirrar sem usar lenço ou papel, assim o vírus não se espalha elo ar. Essa ideia de isolamento não é real, assim como também é válido destacar que: pratos, talheres, copos, toalhas e outros objetos utilizados por hansenianos não são meios de contaminação”, destaca o coordenador do programa que citaque outra dúvida é se a mulher grávida com a enfermidade, pode ou não, fazer uso dos medicamentos. “A gestantes não pode, como deve fazer o tratamento, assim evita contaminar o bebê”, completou.

Não existe vacina específica para evitar a hanseníase, mas Modesto informa que as pessoas que mantém contato com doentes devem tomar uma vacina específica, a BCG (Bacilo Calmette-Guérin).