Aproximar sociedade das crianças e adolescentes que vivem em abrigos e colocar um fim à discriminação, estes são os principais objetivos do Projeto Padrinho, que passa a ser executado em Três Lagoas a partir desta semana.
O projeto foi idealizado pela juíza Maria Izabel Matos Rocha, juíza de Campo Grande, e hoje já está presente em 50 municípios Brasileiros. Ele nasceu para atender, de forma simples, duas demandas. As das crianças e adolescentes que permanecem nos abrigos e da sociedade que tem interesse em ajudar, porém não estão dispostos a encarar uma adoção.
Foi como exemplificou a promotora da Infância e da Juventude, Ana Cristina Carneiro Dias: “Por muito tempo ouvi as pessoas me dizendo que queriam ajudar e não sabiam como. Agora, é fácil ajudar. Procure o Poder Judiciário, a sala do Projeto Padrinho e a equipe do projeto indicará qual a melhor forma”, destacou.
De acordo com ela, o projeto padrinho visa atender as crianças e adolescentes em uma das fases mais difíceis: a do abrigamento. “Neste processo, eles perdem a referência familiar, antes já frágil, traumática ou até inexistente. E é nesta etapa que o padrinho irá ajudar. Sempre ouvi que o padrinho é o segundo pai, e é isto que queremos, trazer este amparo à criança”, destacou.
Ana Cristina informou que, hoje, a adoção é uma realidade, porém, muitos casais ainda têm preferência por idade, sexo e raça – nestes casos, menina, claras são as mais visadas. A expectativa é que o mesmo não ocorra com o projeto. “O Padrinho vem para atender exatamente esta faixa que não é adotada. Temos uma equipe preparada para evitar este tipo de preconceito”, lembrou.
No entanto, esta não será a única luta. Conforme a coordenadora do Padrinho, Elisângela Facirolli do Nascimento, a iniciativa também vem para tentar acabar com o preconceito em torno de todas as crianças abrigadas. “O nosso foco é aproximar criança e sociedade. Acabar com esta discriminação das pessoas de achar que, essa criança não vai se adaptar ao ambiente familiar. O que não é verdade. Ela pode, e deve, receber afeto”
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