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Projeto RCN e CBN em Ação Live 2020 inova com debate em multicanais

O ex-ministro da Saúde Ricardo Barros abriu a rodada de palestras deste ano falando sobre enfrentamento e superação da pandemia

Ponto alto do encontro foi a pluralidade de opiniões sobre como a Saúde deve enfrentar a pandemia da COVID-19 no Brasil e em Mato Grosso do Sul - Reprodução
Ponto alto do encontro foi a pluralidade de opiniões sobre como a Saúde deve enfrentar a pandemia da COVID-19 no Brasil e em Mato Grosso do Sul - Reprodução

Pioneiro em Mato Grosso do Sul, o projeto RCN e CBN em Ação Live 2020 apostou na inovação para superar a barreira imposta pelo distanciamento social e levar ao maior número de pessoas possível o debate em multicanais. Seja nas ondas do rádio, no sinal de televisão, ou via algoritmos da internet a primeira palestra deste ano foi transmitida ao vivo em 14 canais do grupo RCN de Comunicação, algo inédito no Estado.

O ex-ministro da Saúde e deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) debateu com especialistas das áreas saúde e economia alternativas de enfrentamento, caminhos de saída e os aspectos gerais do pós-pandemia com a retomada da economia, e a volta do Brasil às negociações internacionais.

Participaram desta primeira edição, o diretor-administrativo do Hospital Proncor, Luiz Fernando Elias, o presidente da OCB-MS, Celso Regis, o diretor-regional do Senac, Victor Melo, e o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende. A mediação foi realizada pelo editor-chefe da CBN, Ginez Cesar.

O projeto RCN e CBN Live em Ação 2020 é uma versão atualizada dos ciclos de palestras presenciais que vinham sendo promovidas em Campo Grande e que trouxeram nomes consagrados a MS como o filósofo, escritor e colunista do Academia CBN, Mário Sergio Cortella, o administrador Max Gehringer e o jornalista e apresentador do CBN Brasil, Carlos Alberto Sardenberg.

Com a palavra

O ponto alto do debate foram os diferentes pontos de vista do ex-ministro e do secretário de saúde para o enfrentamento a pandemia. Ricardo Barros é defensor do isolamento vertical, onde apenas pessoas imunodeprimidas e idosos ficam distantes do convívio social, liberando a retomada da economia e a volta às aulas, por exemplo. “Minha opinião já é bastante conhecida, sou a favor do isolamento vertical. A melhor vacina e mais eficiente é adquirir imunidade de rebanho, isso está em toda a literatura médica”, avalia.

Já Geraldo Resende disse que a tese defendida pelo ex-ministro levaria Mato Grosso do Sul a uma situação “dantesca”. “Nenhum país do mundo adotou a tese da imunidade de rebanho. Com a teoria da imunidade de rebanho teríamos o cenário dantesco da escolha de quem deveria ser salvo, ou não. Não teríamos tempo hábil para habilitar novos leitos de UTI”, rebateu.

Resende fez questão de ressaltar que foi durante a gestão de Barros na Saúde que MS conquistou recursos federais para construção do Hospital Regional de Dourados, além da resolução de uma novela que durava quase 20 anos em Campo Grande, o Hospital do Trauma. O próximo palestrante é o ex-ministro da economia Maílson da Nóbrega, que no dia 25 de agosto vai falar sobre os desafios e o cenário econômico de Mato Grosso do Sul.