Os cinco projetos aprovados pelo Programa Redes para o Desenvolvimento, desenvolvido através de parceria entre Instituto Votorantim e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já receberam quase R$ 1 milhão até o momento. O balanço foi apresentado pela empresa Fibria, que apoia os projetos, nesta semana.
Três Lagoas
Projetos já receberam R$ 1 milhão do Programa Redes
Recursos foram liberados para atender implantações de quatro projetos de Três Lagoas e Brasilândia
Pioneiro, o Redes foi criado com objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável e geração de renda às comunidades dos municípios brasileiros onde estão instaladas unidades fabris da empresa. No caso da unidade da Fibria, foram selecionados projetos para aumentar a produtividade em Três Lagoas e Brasilândia.
Ao todo, os projetos contarão com investimento de R$ 4 milhões, a serem repassados no prazo de dois anos e meio – período para a conclusão de todos os projetos.
Entre os repasses feitos até o momento, o projeto “Mais Mel”, organizado pela Associação Brasilandense de Apicultores (ABA), já recebeu aproximadamente R$ 139 mil, sendo R$ 11 mil na primeira parcela (em fevereiro) e R$ 128 mil na segunda, liberada recentemente para a aquisição de maquinários. O projeto, orçado em R$ 624,2 mil, visa ampliar a produção de mel, que passará a contar com certificado orgânico, da associação a partir da aquisição de equipamentos mais modernos.
Ainda na área de apicultura, a Associação Três-lagoense de Apicultores (ATLA) recebeu cerca de R$ 26 mil e deverá receber, em julho, a segunda parcela, no valor de R$ 6 mil. O projeto, que recebeu o nome de “Caminhos do Mel” é orçado em R$ 659 mil e visa atender a instituição com equipamentos necessários para processamento, armazenamento e comercialização do produto. A rastreabilidade do mel e a certificação orgânica também serão considerados pelo projeto.
No mesmo período, o programa também realizou repasses de cerca de R$ 330 mil para a Colônia de Pescadores, em Três Lagoas, responsável pelo projeto “Entreposto de Pescadores de Jupiá”. O projeto foi o que obteve maior repasse nessa segunda etapa, R$ 320 mil aproximadamente. Ao todo, ele está orçado em R$ 1,5 milhão e visa adequar a estrutura física do frigorífico de peixes da colônia e aquisição de máquinas e equipamentos para o abate, evisceração, limpeza, filetagem e embalagem dos peixes destinados à comercialização.
Este projeto, segundo a Fibria, é um dos que está mais adiantado. Já que a Colônia possuía o frigorifico pronto, faltando apenas algumas readequações para a liberação da licença ambiental e também aquisição de novos equipamentos.
No entanto, os setores de pesca e apicultura não foram os únicos beneficiados. Está previsto para este mês a liberação da segunda parcela destinada ao projeto “Produzindo Frutos e Arborizando a Região”, da Associação de Agricultores Familiares do Assentamento 20 de Março. O projeto, que contará com um investimento de R$ 318 mil, ao todo, já recebeu R$ 130 mil no primeiro bimestre e deverá receber mais R$ 46 mil, valores estimados, dentro dos próximos 30 dias. A primeira parcela, segundo a Fibria, foi destinada para a construção do viveiro, onde serão geradas as mudas frutíferas e do cerrado para a comercialização.
Ainda em Três Lagoas, os produtores de leite de Arapuá, responsáveis pelo projeto “Laticínios de Arapuá”, também já receberam as duas primeiras parcelas do projeto, sendo R$ 30 mil no começo do ano e R$ 200 mil, aproximadamente, há poucos dias. Orçado em R$ 995,3 mil, o projeto – maior entre os aprovados pelo Programa Redes – prevê a construção de um mini laticínio no distrito, com maquinário e equipamentos necessários para reduzir a dependência dos produtores de outras empresas para o processo de pasteurização do leite.
IMPLANTAÇÃO
Conforme a Fibria, a diferença de valores repassados para cada projeto deve-se ao cumprimento das etapas por cada um. Em alguns casos, como o do frigorifico de Jupiá, por já ter o entreposto montado, o andamento do projeto torna-se mais ágil. Em outros, como o do laticínio, ainda se faz necessária a construção do prédio.
Todos os projetos deverão ser concluídos dentro de um prazo de dois anos e meio. Entretanto, a Fibria acredita que pelo menos um deles deverá ser inaugurado ainda neste ano. Além do recurso necessário para a implantação dos projetos, o Redes ainda prevê a qualificação dos produtores beneficiados e também o processo de consultoria, depois de entrar em funcionamento. A consultoria do projeto em Brasilândia, por exemplo, vem sendo feita por uma equipe do Uruguai, contratada pelo Instituto Votorantim. Ao todo, os projetos – iniciados em 2010 – tem duração de cinco anos.
Recentemente os beneficiados pelos projetos se reuniram para discutir sobre as etapas realizadas nesses dois anos e meio. “Os grupos estão bem entrosados e todos demostraram grande interesse e participação nas últimas etapas. Agora é pensar no futuro e se preparar para outro desafio, o início das atividades”, disse o programa consultor Rafael Moya.