O promotor de Justiça do Meio Ambiente de Três Lagoas, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, defendeu ontem a retirada de animais da Lagoa Maior porque, para ele, não é possível uma convivência harmoniosa entre pessoas e os animais silvestres do local. Segundo Oliveira, o número de animais que atualmente habitam na principal lagoa da cidade é muito grande e, por isso, o ideal não é o cercamento, mas sim a retirada das capivaras, jacarés, sucuris, entre outros.
O promotor encaminhou, nesta semana, um ofício à prefeita Márcia Moura, ao Ibama, à Polícia Militar Ambiental, às Secretarias de Meio Ambiente do Estado e Município, pedindo a retirada dos animais dentro de um prazo de 15 dias. As capivaras, segundo ele, poderiam permanecer, mas em pequena quantidade. “Existem cerca de 150 capivaras no local. É muito. É preciso haver um controle”, comentou.
Se as providencias não forem tomadas, Oliveira disse que ingressará com uma ação na Justiça, com pedido de liminar, para que os animais sejam levados para outro local. Para o promotor, a prefeitura não teria condições de manter a lagoa cercada com os animais, já que vários requisitos deveriam ser cumpridos, como o monitoramento das espécies, o espaço físico reservado aos bichos e o tipo de material a ser utilizado no cercamento, entre outras questões. Além disso, ele considera que os animais, como os jacarés, trazem perigo aos frequentadores da lagoa.