Três Lagoas é a cidade recorde em baixa umidade relativa do ar em todo o estado. Sensação térmica de 50ºC e umidade do ar em 10%, em termos simples, são a receita para o aumento de alergias inalatórias, ou respiratórias.
Segundo a pediatra Patrícia Matos, especialista em investigação de alergias, "elas podem acontecer por qualquer 'coisa' a qual a pessoa seja alérgica. As mais comuns são por ácaros, fungos, insetos, epitélio de animais [resíduos da descamação da pele], (…) e quando a gente diz 'alergia a poeira', na poeira tem tudo isso. Nesta época do ano o tempo está extremamente seco, então a poeira fica bem dispersa no ar, e é por isso que temos mais crises de alergia. O nariz fica seco, não conseguimos filtrar todo resíduo que entra, e, consequentemente, as pessoas mais sensíveis acabam tendo as crises alérgicas".
Além do tempo seco e do calor, que aumenta a desidratação do corpo humano, a médica alerta para outros riscos do dia a dia que podem passar despercebidos, como itens felpudos – cobertores, tapetes, almofadas e até mesmo o pelo de cães e gatos domésticos – que acumulam poeira, e o ventilador, que é um grande colaborador para espalhar toda essa poeira e microrganismos alergênicos.
COMO RESOLVER
Como dicas para amenizar os sintomas deste período, a médica orienta o uso de umidificador de ar; caso não tenha, pendurar uma toalha molhada próximo à cabeceira da cama, usar uma bacia com água no quarto – toda essa água vai evaporar e umedecer o ambiente.
E regularmente usar solução nasal, também conhecido como soro fisiológico, para não deixar a mucosa nasal ressecar e acabar rompendo vasos sanguíneos.
NOSSAS CRIANÇAS
Nós, adultos, sabemos como nos virar, conseguimos falar sobre sintomas ou ir à farmácia. Mas e nossas crianças, como cuidar da saúde delas neste período climático tão crítico?
A pediatra explica que o alerta deve ser redobrado, como a oferta de água e a disposição de cobertores e enxovais. Confira a entrevista completa: