Mais dois casos de leishmaniose visceral humana foram confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde. Um deles envolve um recém-nascido, que mora no bairro Nova Três Lagoas, e que está em tratamento no Hospital Auxiliadora. O diagnóstico ocorreu em fevereiro. Somente em 2022, de acordo com levantamento do setor da Saúde, cinco pessoas foram diagnosticadas com leishmaniose e todas passam por tratamento na unidade médica.
Uma moradora foi notificada com leishmaniose tegumentar, que causa feriadas na pele. Já a leishmaniose visceral ataca os órgãos.
BAIRROS COM CASOS
Os casos foram registrados nos bairros Jardim das Orquídeas, Jardim Alvorada, Jardim Dourados e no Centro. No ano passado, ao menos, 13 moradores contraíram leishmaniose e duas pessoas morreram, sendo uma criança de um ano e um idoso de 88 anos. De acordo com o coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira, o município não registrava índices expressivos de leishmaniose em humanos desde 2017.
Segundo ele, não é possível destacar somente um fator como responsável pela endemia. “A leishmaniose é uma doença sazonal e cíclica, ou seja, há períodos de aumento e diminuição dos casos e, por isso mesmo, muitas vezes a causa pode estar ligada a diversos fatores ambientais”, comentou.
O QUE É A DOENÇA?
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.
Se não tratada, pode levar a morte em 90% dos casos. É transmitida ao ser humano pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha.