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Acordo

Recursos de compensação só poderão ser investidos em infraestrutura

Em Três Lagoas, boa parte do valor será utilizada em obras de recapeamento

Em Três Lagoas, boa parte do valor será utilizada em obras de recapeamento - Arquivo/JPNews
Em Três Lagoas, boa parte do valor será utilizada em obras de recapeamento - Arquivo/JPNews

Nesta quinta-feira (11) foi assinado um acordo entre o governo de São Paulo, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e o Ministério Público Estadual, que por fim às inúmeras ações que tramitavam na Justiça em relação a questão ambiental e de reparação de dano, referente  à construção da Hidrelétrica Sérgio Motta em Porto Primavera.

O acordo assinado entre as Instituições extingue ações judiciais que pediam mais de R$ 2,2 bilhões em reparos por danos ambientais e autoriza o pagamento de R$ 583 milhões em depósitos judiciais realizados pela companhia.

O acordo prevê o pagamento de R$ 580 milhões para os municípios que foram impactados com os danos causados pela construção e pelo funcionamento da Usina.

De acordo com o Procurador-Geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos, esse dinheiro deverá ser utilizado somente para a realização de obras de infraestrutura, não sendo destinado a outros fins, e caberá ao Ministério Público fiscalizar a aplicação desse recurso em cada localidade.

Serão contemplados os seguintes municípios: R$ 130 milhões para Anaurilândia, R$ 70 milhões para Bataguassu, R$ 39 milhões para Santa Rita do Pardo, R$ 15,8 milhões para Três Lagoas e Brasilândia, além de R$ 7,9 milhões para Batayporã.

A Cesp se comprometeu, ainda, a cumprir todas as condicionantes de uma licença de operação emitida em maio pelo Ibama. A Companhia também destinará 50 milhões de reais ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), em parcelas de R$ 5 milhões por dez anos.

O prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) já antecipou que, boa parte dos recursos destinados ao município, será utilizado no recapeamento de ruas da cidade.