Uma mulher de 67 anos rondoniense, sem comorbidades, e que aguardava por uma vaga em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no estado de Rondônia, conseguiu uma vaga em um leito, nesta terça-feira (16), no Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.
O hospital, que é referência no tratamento da Covid-19, na Costa Leste de Mato Grosso do Sul, está participando do NIR (Núcleo Integrado de Regulação), do Ministério da Saúde. O Governo Federal tenta auxiliar governos estaduais que sofrem com o colapso no atendimento de pacientes contaminados pelo novo coronavírus.
A paciente transferida hoje para Três Lagoas não tem nenhuma doença pré-existente e após ser diagnosticada com Covid-19, precisou de internação imediata. Mas, com a superlotação do serviço público de saúde de Rondônia, a mulher teve que entrar em uma lista de espera por um leito de UTI. Devido a gravidade do estado de saúde, a transferência dela foi realizada de forma urgente em um avião ambulância que transportou a vítima de Porto Velho (RO) para Três Lagoas. A distância entre as cidades é de 2.481 km e a viagem durou 7h22.
Após o avião pousar no Aeroporto Municipal Plínio Alarcon, a mulher foi transferida para uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada para o hospital. Lá, foi internada na UTI.
A crise da saúde no estado de Rondônia está grave e,apenas nesta terça-feira (16), 15 rondonienses precisaram ser transferidos por aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), para Cuiabá (MT), onde dois pacientes em estado grave receberam a chance de ocupar duas vagas na UTI. Outros 13 foram remanejados para Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. O estado de Rondônia pretende transferir 50 pacientes que estão entre a vida e a morte aguardando por um leito de UTI.