Três Lagoas encerrou o primeiro trimestre com uma redução de 47,5% no índice de roubo. A queda foi apontada por meio de um levantamento da Polícia Civil, feito em comparação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a estatística, entre janeiro e março de 2009, foram registrados 206 casos de roubo, o equivalente a 2,2 roubos por dia. Já neste ano, foram 108 assaltos a menos: 98 crimes registrados, o que corresponde a um roubo/dia.
De acordo com o delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes, a redução pode estar ligada a dois fatores: elucidação de casos importantes e aumento do efetivo policial e de viaturas. “Essas melhorias englobam Polícia Civil e Polícia Militar. Tivemos uma melhora considerável no policiamento preventivo, PM, e também maior repreensão, com as prisões de suspeitos, por parte da Polícia Civil. Tudo isto colabora para a inibição destes delitos”, destacou.
Para o delegado, boa parte dos crimes tem ligação com o tráfico de drogas, seja direta ou indiretamente. “Na maioria dos casos, são jovens, muitos deles ainda menores de 18 anos, com envolvimento com o tráfico. Adolescentes com desenvoltura criminosa, com a mesma periculosidade de um maior”, disse.
O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, major Wilson Sérgio Monari, concorda com o delegado. O oficial explicou que, nos três primeiros meses do ano, a PM registrou um total de 77 roubos – a diferença entre os dados da Polícia Civil se deve ao fato de que, em alguns casos, as vítimas não acionam o 190 e procuram a delegacia diretamente.
Em 15 dos casos registrados pela PM houve prisões em flagrante. O resultado foi de oito adultos presos e 19 adolescentes apreendidos por envolvimento em assaltos. “Hoje, a incidência maior na prática de roubos é de adolescentes. Isto, não apenas em Três Lagoas, mas em todo o Brasil”, completou.
Para o major, o resultado dos três primeiros meses do ano é satisfatório em vista do ano anterior, mas não é o ideal para uma cidade com o porte de Três Lagoas.
“Percebemos que a população está mais tranquila. A sensação de segurança voltou. Porém, o nosso objetivo é trabalhar para reduzir ainda mais. E não está difícil”, garantiu.
Mais informações em nossa edição impressa