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Três Lagoas

Rumo/ALL apresentará projeto de investimentos na malha ferroviária

Em reunião realizada ontem, empresa apresentou estudo sobre situação da ferrovia

Dentro de 60 dias será apresentado um projeto com todos os investimentos necessários para a manutenção da ferrovia em Mato Grosso do Sul. Isso é o que ficou definido durante reunião realizada ontem, 22, que contou com a presença do governador Reinaldo Azambuja, do presidente da Rumo, Júlio Fontana, e integrantes da bancada federal, entre eles, os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, os deputados federais, Carlos Marum, Dagoberto Nogueira, Geraldo Resende, além de deputados estuduais.

“No dia 24 de agosto vamos apresentar os investimentos necessários e os passos que daremos para que Mato Grosso do Sul tenha uma ferrovia competitiva e viável”, disse o governador Reinaldo Azambuja. Durante o encontro, foram apresentados os estudos e as condições de funcionamento e tráfego da ferrovia , que o Grupo Cosan (Rumo Logística) herdou com a fusão com a América Latina Logística (ALL).

De acordo com o governo, a Rumo deve realizar os estudos de investimentos e o Estado providenciar o licenciamento ambiental de alguns trechos que necessitem de desapropriação para retificação do traçado da ferrovia. O governo estadual pretende ser parceiro da empresa, inclusive, na busca de apoio da iniciativa privada para aumentar a demanda de carga no Estado, para que o transporte ferroviário se torne mais viável em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o governador, o estudo irá mostrar a cada parceiro o compromisso de cada um, ou seja, do governo Federal, da bancada federal, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Estado e da Rumo/ ALL com a iniciativa privada. Para o presidente da Rumo, Júlio Fontana, a ferrovia só existe se há demanda e Mato Grosso do Sul é um estado considerado viável para a empresa. “A única questão é que atualmente temos um problema geográfico de concentração de carga no sul do Estado, o que torna mais fácil e barato ir de caminhão até o Paraná e exportar pelo Porto de Paranaguá, mas se houver a possibilidade de vir para Campo Grande e usar a ferrovia que está disponível obviamente que isso será feito”, ponderou.

Durante a reunião, o presidente da empresa confirmou que o transporte de cargas com exceção do combustível, será mantido em Mato Grosso do Sul. “Atualmente é feito o transporte da celulose em maior quantidade e o transporte de minério. O único produto que não trafega por questão de segurança é o combustível. Pela condição da malha, não vamos colocar em risco a população nem o meio ambiente”, ressaltou Júlio Fontana.

 A senadora Simone Tebet comemorou o resultado da reunião. “Se houver interesse do Estado, nós da bancada federal uniremos esforços para reivindicar em Brasília a ampliação do prazo de concessão da malha ferroviária, que vence em 2026, visto que um investimento deste porte precisa da segurança de que a concessão será mantida por mais 30 anos”, declarou a senadora Simone Tebet sobre o projeto de recuperação da malha.

O deputado estadual Eduardo Rocha, que também participou da reunião, disse que a empresa já antecipou alguns investimentos necessários para continuar operando no Estado. Entre eles, o porto de carregamento em Chapadão do Sul, que foi desativado. “A empresa mostrou a situação precária em que se encontra a ferrovia aqui no Estado. Para se ter uma ideia, o trem trafega a 6k/hora. O importante é que será feito um estudo, com possibilidades de novos investimentos para este setor”, destacou  o deputado.