A Santa Casa de Campo Grande está em fase de negociação com o Ministério da Saúde para receber o acelerador linear, equipamento para o tratamento da radioterapia, que foi recusado em 2011 pela junta interventora do hospital na época. Nesta sexta-feira (5), o presidente da Associação Beneficente, Wilson Teslenco, informou que o prazo para início deste convênio é de aproximadamente um ano.
Teslenco disse ao G1 que um representante do Instituto Nacional do Câncer (Inca) deve se reunir com a diretoria da Santa Casa na próxima semana em Campo Grande para negociar o formato de convênio com o Ministério da Saúde.
Atualmente, o serviço de radioterapia da Santa Casa é terceirizado pela clínica Neorad. A empresa é do médico Adalberto Siufi, investigado na Operação Sangue Frio da Polícia Federal. Segundo o diretor, cerca de 90 pacientes são atendidos por mês pela Santa Casa para o tratamento do câncer.
Teslenco explica que, no ano passado, o Ministério da Saúde ofereceu um acelerador linear para o tratamento do câncer na Santa Casa, mas na época o hospital recusou o aparelho e optou por manter o contrato de serviço terceirizado com a empresa Neorad. Segundo o diretor do hospital, o contrato com a Neorad é no valor de R$ 120 mil por mês e entrou em vigência em agosto de 2011.
O presidente afirmou que o prazo para implantação desse serviço deve ser de um ano e após a implantação o contrato com a Neorad será encerrado. “Tendo um serviço próprio não se justifica ter um serviço terceirizado”, afirmou. Enquanto isso, segundo Teslenco, o tratamento dos pacientes será feito pela Neorad.
Terceirizados
Atualmente, a Santa Casa mantém 135 contratos com empresas terceirizadas e cerca de 50 desses contratos são convênios e parcerias, o que não gera custo para o hospital. Ainda segundo a diretoria da Santa Casa, apenas 52 contratos são ligados a área da saúde, os demais são de outros serviços. A atual direção da Santa Casa assumiu o hospital há cerca de um mês.
