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'Santa Corrida': esporte alivia o estresse e ajuda pessoas na superação da depressão

Pessoas comuns têm o esporte como terapia para aliviar as tensões do dia a dia e superaram problemas como depressão

Atletas Gladson e Márcia têm na corrida muito mais que um esporte, mas um estilo de vida que ajuda a enfrentar os problemas do cotidiano. - Reprodução/TVC
Atletas Gladson e Márcia têm na corrida muito mais que um esporte, mas um estilo de vida que ajuda a enfrentar os problemas do cotidiano. - Reprodução/TVC

O esporte é a melhor forma para se cuidar do corpo, muitos sabem, a corrida pode ser um ‘santo’ remédio para saúde mental, isso poucos sabem. Correr, por si só, já uma terapia de libertação. Por conta dos seus benfícios que muitas pessoas encontram brechas em suas tarefas diárias para calçar o tênis e passar o tempo correndo. É um momento para deixar as preocupações e o estresse do cotidiano de lado e focar apenas no presente. No ato de correr, o coração bate acelerado, a respiração fica mais intensa e a pessoa é tomada por uma sensação de bem-estar.

E foi com esta terapia, ou seja, correndo, que Gladson Patrício Rodrigues, de 30 anos conseguiu superar a depressão, que atualmente atinge milhares de pessoas. No, Gladson, o quadro depressivo se agravou com a morte, Cleusa Monteiro Patricio, que também sofria de depressão e morreu por falências dos órgãos.
Gladson relata que, depois da morte da mãe, ele se mudou para Três Lagoas, na tentativa de fugir dos problemas, principalmente pela dor de sua mãe. “Aceitar que minha mãe tinha morrido foi muito difícil na minha vida, resolvi sair de casa para tentar esquecer”, lembra Gladson.

A dor foi se agravando, numa tristeza profunda, desanimo, pessimismo e baixo autoestima indicando, sinais de depressão.  Em Três Lagoas, o vendedor resolveu voltar a suas atividades físicas e encontrou na corrida uma terapia diária, que o ajudou a superar a depressão. “Ao praticar corrida, a gente desliga, esquece dos problemas e traz uma sensação muito boa, melhora o condicionamento físico, e qualidade de vida”, ressaltou Gladson.

E todas essas sensações de bem estar, são promovidas pelo nosso cérebro. A corrida é um antidepressivo natural. O ato de correr estimula o cérebro a produzir substâncias como serotonina, hormônio que promove a satisfação, alegria, e a dopamina, substância do bem-estar. A corrida realmente muda a pessoa por completo, tanto no aspecto físico, quanto no emocional. E falta de tempo para dar os primeiros passos na corrida, não é desculpa.

A Márcia Leon, de 51 anos, é esposa, mãe de dois filhos, e trabalha na indústria. Em meio a essa correria para atender filhos, marido e o trabalho, que ela consegue encaixar seus treinos de trinta minutos  a uma hora por dia. “Eu trabalho por turno, então a escala muda, e é difícil, mas é na corrida que consigo organizar a minhavida, então eu faço questão de arrumar meia hora por dia, pelo menos para fazer meus treinos”, explica a operadora industrial. E correndo que a vida da Marcia se transformou, principalmente, na forma de ver o mundo e encarar os problemas. A corrida para mim é tudo, é mais que um esporte, é estilo de vida. Sou grata por tudo que ela me proporcionou, inclusive, a de conhecer outras pessoas incríveis”, ressaltou.

Mais um ponto positivo para a corrida. Apesar de ser um esporte individual, ajuda na socialização das pessoas. A corrida gera solidariedade, respeito, educação, responsabilidade, além da inclusão social, juntando diversos indivíduos de vários sexos, etnias, idades, necessidades e classes sociais diferentes. Além disso, a prática esportiva ajuda a quebrar barreiras que impõe limites às pessoas.