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Três Lagoas registra sete casos de toxoplasmose e Saúde faz alerta

Neste ano, o município registrou quatro casos do tipo gestacional e três de congênita em bebês

A doença é silenciosa e não apresenta sintomas específicos. - Divulgação
A doença é silenciosa e não apresenta sintomas específicos. - Divulgação

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas registrou, nos últimos 12 meses, sete casos de toxoplasmose, sendo quatro do tipo gestacional e três de congênita em bebês. Devido a isso, a pasta liga um alerta e tem ampliado as ações de conscientização sobre as formas de prevenção à doença.

Causada por um microrganismo protozoário denominado Toxoplasma gondii, que se dá principalmente através da ingestão de alimentos contaminados por ele, a toxoplasmose é uma doença muito comum e, na maioria das vezes, não gera sintomas.

Porém, a contaminação da gestante pode causar consequências graves para o bebê, podendo resultar desde nascimento prematuro até aborto espontâneo, atraso de desenvolvimento mental, surdez, cegueira, entre outras sequelas.

Uma das principais formas de transmissão é o consumo de alimentos contaminados, por isso, é necessário higienizar muito bem os alimentos a serem consumidos – deixar na água sanitária (uma colher de sopa de água sanitária para cada 1 litro de água por 15 minutos) e também esfregar bem durante a lavagem, além de não consumir alimentos crus ou mal passados.

Em relação ao contato com fezes de animais contaminados, principalmente gatos, a recomendação é manter as gestantes afastadas dessas fontes durante toda a gestação, mas, se for necessário o manuseio (como limpeza de caixa de areia), deve utilizar luvas e máscara e, depois, lavar as mãos com sabão e água devidamente tratada.

Vale ressaltar que o gato não é vilão da doença, mesmo portando o microrganismo transmissor, seguindo as recomendações e mantendo a higiene no ambiente que habita e nos alimentos, a toxoplasmose não é transmitida, lembra a SMS.

Outras dicas importantes na prevenção da doença são não alimentar gatos com carne crua ou malpassada e evitar que eles circulem no ambiente externo, onde possam ingerir roedores e passarinhos; Mudar a areia da caixa dos gatos de estimação diariamente para que os oocistos excretados não tenham tempo de se tornarem infecciosos; Cobrir a areia de áreas onde as crianças realizam atividades de recreação, para evitar que os gatos a usem como uma caixa de areia; Evitar beber leite e produtos lácteos elaborados com leite não pasteurizado; Em lugares onde não há saneamento básico, ferver ou filtrar a água não apenas para consumo, mas também para medidas de higiene (por exemplo, escovar os dentes) e para lavar alimentos e utensílios de cozinha; Beber apenas água filtrada ou fervida. Não consumir alimentos ou bebidas feitas com água que não seja filtrada ou fervida, como sorvete e sucos, pois esse comportamento pode causar infecção por T. gondii.

E no caso das gestantes, a informação mais relevante é:  iniciar o pré-natal o mais rapidamente possível e mantê-lo na periodicidade indicada pelos profissionais de saúde de maneira rigorosa. No pré-natal são feitos exames de rastreio de toxoplasmose e, caso a gestante se contamine, quanto antes detectar e iniciar o tratamento, menores são as chances do bebê se contaminar e desenvolver sintomas graves.

A doença é silenciosa e não apresenta sintomas específicos, ou seja, a gestante em geral não apresentará sintomas. A recomendação conforme ressalta a SMS é procurar uma Unidade de Saúde da Família (USF), assim que suspeitar ou tiver confirmação da gravidez e iniciar o pré-natal o quanto antes, pois, na triagem do pré-natal já é solicitado o exame que detecta a doença.

Fora isso a gestante deve seguir as recomendações de prevenção da doença e cuidados durante o período de gestação.