A Secretaria Município de Saúde confirmou ontem o primeiro caso da Febre Chikungunya em Mato Grosso do Sul. O paciente seria um homem de 35 anos, que estava internado em uma clínica particular desde o dia 21 de setembro e recebeu alta na sexta-feira.
Até o momento, em Campo Grande foram quatro casos suspeitos, sendo dois descartados e um confirmado. A Secretaria de Saúde informou que ainda aguarda o resultado do último exame.
A confirmação, no entanto, coloca em alerta as secretarias de saúde de todos os municípios do Estado, uma vez que o vírus é transmitido pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti.
Em Três Lagoas, antes mesmo da confirmação do primeiro caso, o Departamento de Educação em Saúde, já estava em alerta. Conforme o coordenador Fernando Garcia, a preocupação deve-se aos casos já confirmados no município vizinho. A possibilidade de uma epidemia não está descartada, uma vez que é alto o volume de casos confirmados em estados que fazem divisa com Mato Grosso do Sul.
Até a última quarta-feira, quando foi divulgado o balanço mais recente do Ministério da Saúde, a febre Chikungynya já havia sido confirmada em 21 pessoas de quatro estados que fazem divisa com Mato Grosso do Sul. Já em todo o Brasil, são 337 registros, 258 a mais que o último levantamento.
DENGUE
Além disso, o Estado não está livre do mosquito transmissor das duas doenças. Em Três Lagoas, por exemplo, até a última semana haviam sido registrados, 391 casos suspeitos da dengue, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde. A incidência da doença é de 356,6, índice considerado de alta incidência. “É possível sim ocorre uma epidemia. A dengue está sob controle, mas um vírus novo pode se alastrar muito rápido. Isso geraria uma sobrecarga no sistema de saúde e prejudicar muitas pessoas. É preciso que a população seja ativa na colaboração”, disse o coordenador de Educação em Saúde em entrevista recente ao Jornal do Povo.
SINTÔMAS
Embora os sintomas sejam semelhantes aos da dengue, o que difere o Chikungunya são as dores nas articulações, principalmente calcanhares e pulsos. As dores são chamadas de “dores incapacitantes”, pois são muito intensas e a duração varia em dias, meses, e em casos mais extremos por anos.