A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria de Saúde, através do Programa Municipal de Controle de Hanseníase (PMCH), intensifica orientação no objetivo de controle e combate à Hanseníase alertando a população sobre os cuidados e transtornos causados pela doença.
Segundo Relatório de Dados Comparativos, desde o ano 2000 até o dia 9 de fevereiro de 2015, os Bairros com maior incidência, ou seja, casos novos são: Vila Nova com 41 casos, Vila Piloto com 33 casos, Vila Haro (21 casos), Nossa Senhora Aparecida (21 casos), São Carlos (20 casos) e Santa Rita (19 casos), mas há registro de casos, ainda que menores nos mais diversos Bairros do Município. Em 2014, Três Lagoas atingiu 23,5% de incidência da doença.
Estes dados levam em conta o número de pacientes com o de habitantes (109.6). A incidência é calculada, tendo como dados, o número de casos novos por 100 mil habitantes.
Quanto aos índices de prevalência de Hanseníase, quando se leva em consideração o número de pacientes em tratamento, Três Lagoas chegou à casa dos 15,5% em 2014, índice menor comparado ao ano de 2013, que chegou a 17%.
Segundo o coordenador do PMCH, fisioterapeuta Antônio Carlos Modesto a Hanseníase é uma doença frequente em todo o Brasil e Três Lagoas ainda está no índice considerado Muito Alto, segundo parâmetros do Coeficiente de Detecção da População Geral, estabelecido pelo Ministério da Saúde, uma vez que o Município supera o índice de 20,00/100mil habitante.
HANSENÍASE
A primeira identificação da doença aconteceu em 1873 pelo cientista norueguês Gehard Amauer Hansen.
A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por um bacilo denominado tecnicamente por Mycobacterium Leprae. A doença afeta a pele e nervos periféricos tendo período de incubação aproximado de três anos.
Ela pode ser contraída pelas vias respiratórias (boca ou nariz), de uma pessoa infectada apresentando uma forma contagiante, caso a pessoa não esteja em tratamento. A pessoa infectada, porém que esteja em fase de tratamento não transmite a doença.
Segundo Modesto, existem quatro formas clínicas da doença, mas apenas duas são contagiosas. A transmissão não acontece por toque ou contato com a pele da pessoa já infectada, mas sim por bactérias que se mantêm no ar.
A hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa contaminada, ou seja, em muitos casos o próprio organismo resiste à doença.
SINTOMAS
Os sintomas da hanseníase incluem: Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda de sensibilidade (calor, frio, dor e tato); áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
TRATAMENTO
O tratamento da Hanseníase se faz por meio de Poli quimioterapia, com dois ou três medicamentos.
“Quando a pessoa é constatada com a doença, é necessário que os companheiros mais próximos também façam o exame no objetivo de iniciarem o quanto antes o tratamento, caso esta esteja infectada”, explica Modesto.
O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), podendo durar de seis meses a um ano.
“A hanseníase tem cura e quanto antes for feito diagnóstico, mas fácil fica o tratamento”, alerta Modesto.
Ao aparecem alguns dos sintomas citados acima, é necessário procurar a Unidade de Saúde mais próxima da residência para que o diagnóstico seja dado o quanto antes.