Um caso de óbito suspeito de ter ocorrido em virtude da Dengue, está sendo investigado pela Secretaria de Saúde, por meio do Setor de Combate às Endemias e Setor de Vigilância Sanitária. Um morador do bairro Santos Dumont faleceu dia 20 de janeiro, sob suspeita da doença.
O diagnóstico emitido está em investigação e será avaliado por uma junta médica da cidade de Campo Grande, uma vez que o paciente era diagnosticado, por Laudo Médico como cardiopata e portador de esquizofrenia e não demonstrou nenhum sintoma da Dengue, como febre alta, dores nas articulações, náuseas e outros.
A enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde, Adriana Louro Spazapam explica que quando o paciente contrai o vírus da Dengue, o mesmo só pode coletar o exame após o oitavo dia de sintoma. Pelos termos técnicos, o marcador IGM constata a doença no sangue no momento. Já o marcador IGG indica que a doença já passou pelo paciente. No caso da Dengue, após 30 dias de passagem da doença, mesmo com a cura, é possível que o paciente colete exame e constate o vírus da dengue no sangue, por meio do marcador IGG, ou seja, indicando que a doença já passou pelo examinado.
FUMACÊ
A equipe do Setor de Combate às Endemias tem intensificado o trabalho nos bairros onde há maior foco da doença como Carandá, Novo Oeste, Santa Luzia, Bela Vista, Interlagos, Jardim das Paineiras e Santa Terezinha.
A fim de evitar que novos casos de Dengue sejam notificados, uma das múltiplas ações de combate é a borrifação de inseticida, feita por bombas leco motorizadas e também costais. Este é trabalho é mais uma das formas de bloqueio à infestação do mosquito Aedes Aegypti, vetor transmissor da Dengue.
A borrifação é feita pela manhã e no finalzinho da tarde “e é importante que os moradores colaborem com o trabalho abrindo portas e janelas para que o produto haja melhor no interior da residência e tomem cuidado com as aves engaioladas, se houver, retirando-as para um local mais reservado”, explica o coordenador de Educação em Saúde, Fernando Garcia Brito.
Além disso, os agentes têm passado nos Bairros com um caminhão da Saúde, não para coleta, mas para oportunizar que os moradores se desfaçam dos pequenos criadouros como garrafas pets e outros.
TERRENOS BALDIOS
Em dezembro de 2014 o Departamento de Fiscalização de Obras fez levantamento constatando mais três mil terrenos baldios e/ou em situação de abandono, ou seja, com mato alto e sujos. O setor tem notificado os proprietários desde a semana passada, no objetivo de evitar, além da Dengue, doenças como leishmaniose, picadas de escorpiões e outras complicações.
NOTIFICAÇÕES
Em Três Lagoas, de acordo com dados do boletim epidemiológico desta terça-feira (27), foram notificados 112 casos neste ano de 2015 e confirmados 30, sendo descartados cinco casos.
COLABORAÇÃO
É importante que os moradores estejam conscientes e colaborem ativamente para diminuir e até cessar o foco da doença da Dengue no Município, vistoriando e desfazendo de objetos nos quintais que acumulem água.
Segundo dados do Setor de Combate às Endemias, 95% dos casos de Dengue estão em residências habitadas ou desabitadas e somente 5% em terrenos baldios.
“Sem a participação e compromisso dos moradores é impossível conter o foco. A responsabilidade em eliminar objetos que se tornem possíveis criadouros do mosquito deve partir da população, sem a colaboração de cada um, nosso trabalho que vem a somar, torna-se inútil”, diz Fernando Brito.