Com a chegada do período de chuvas, a Secretaria de Saúde alerta a população para o risco do aparecimento de escorpiões. Em Três Lagoas, até o momento, foram encontradas apenas duas espécies de escorpiões, não considerados letais, embora sejam venenosos, porém não matam o ser humano pela pequena concentração de veneno, como é o caso do popular escorpião vinagre, da ordem Uropygi, que na verdade não é considerado um escorpião, mas sim um aracnídeo e, no lugar da calda apresenta um flagelo (fina cauda) por onde solta, quando ameaçado, um odor forte parecido com o vinagre, que em contato com os olhos, pode causar irritação, por isso o coordenador de Educação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Fernando Garcia orienta a população para não confundi-lo com o escorpião “TityusSerrulatus”, muito conhecido como escorpião amarelo, que está entre os mais perigosos e seu veneno pode ser considerado letal, em especial para crianças e idosos.
Três Lagoas
Saúde orienta três-lagoenses para identificarem escorpiões
Em 2013, o Centro de Zoonoses recebeu 54 chamadas de aparecimento dos aracnídeos
Garcia afirma que em Três Lagoas ainda não houve notificação do venenoso “TityusSerrulatus”, que tem um tipo de serrinha na ponta da causa, junto ao ferrão.
“Na cidade encontramos apenas o Uropygi e também outro tipo não letal, de coloração marrom, mas fica o alerta, já que três-lagoenses costumam comprar material de construção em Andradina (SP), onde a incidência do “TityusSerrulatus” é alta, tanto que no ano passado duas crianças, uma de 4 e outra de 8 anos, foram picadas e morreram”, alerta o coordenador em Saúde, que os escorpiões podem ser confundidos entre si pela coloração que varia entre o amarelo e o marrom.
Garcia chama atenção também para o fato de, a maioria das espécies de escorpiões, no caso dos marrons e pretos, terem exemplares machos e fêmeas, mas no caso do “TityusSerrulatus” a reprodução é por partenogênese, ou seja, auto-fecundação.
NOTIFICAÇÕES
No ano de 2012,as notificações de escorpiões em Três Lagoas foram menores que em 2013, quando foram registrados 54 casos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), principalmente nos bairros Ipê e Alvorada, do tipo “Bothriurus” – amarelo, não letal, segundo informou o coordenador do setor,Antonio Teixeira Empke, por meio da agente de endemias, Maria de Lima.
Com o período de chuvas, eles voltam a aparecer com mais intensidade, embora o setor não tenha registro do surgimento dos bichos há cerca de três meses, conforme anunciou Maria.
A orientação é para que as pessoas evitem matar, por meio de pisadas ou chineladas, os escorpiões, e se limitem em apreendê-los em vidros, encaminhando-os ao CCZ, para que assim seja identificada a qual espécie pertencem.
O CCZ, que mantém parceria com o Setor de Educação em Saúde na realização de ações e orientações, está situado à rua Egídio Tomé, n° 556, no Distrito Industrial. O telefone para contato é o (67) 3929-1803, para demais esclarecimentos ou notificações.