A crise hídrica que assola a região central do país impactando diretamente na geração de energia elétrica, gerando aumentou na conta de energia, agora traz mais prejuízos para economia, com a suspensação do transporte de cargas na bacia Tiete – Paraná.
Segundo o Departamento Hidroviário de São Paulo, o nível do reservatório do rio Paraná, nas barragens de Ilha Solteira (SP) e Três Irmãos, em Pereira Barreto (SP), estão 3,25 metros abaixo do normal.
O transporte de cargas pela hidrovia está suspenso desde o dia 26 de agosto. Ainda de acordo com a repartição era possível a navegação pela hidrovia até o dia 31 de agosto, mas o último comboio navegou no dia 26 quando o rio chegou ao nível mais crítico. A escassez de chuva na região tem agravado a cada mês, tanto é que o assunto foi pauta de uma reunião virtual do Grupo Técnico de Assessoramento da Situação da Região Hidrográfica do Paraná (GTA-RH Paraná).
Participaram da reunião representantes do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), da ANA (Agência Nacional das Águas) e dos estados servidos pela bacia do rio Paraná. Por Mato Grosso do Sul, o gerente de Recursos Hídricos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Leonardo Sampaio, esclarece que ainda não tem informação de que usuários que captam água do rio Paraná tenha encontrado algum problema. “O problema maior é na navegação do sistema hidroviário”, disse o gerente do Imasul.
A realidade é que o nível dos reservatórios vem piorando e a situação é crítica, segundo mostrou Paulo Diniz de Oliveira, vinculado ao Operador Nacional do Sistema Elétrico. Segundo o técnico do ONS, o nível dos reservatórios está em 27,8% mais baixo se comparado aos 49% no mesmo período do ano passado.