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Três Lagoas

Secretaria aguarda liberação de recursos para obra

Conforme Getulio, atualmente a Cidade possui de oito a dez pontos de alagamento críticos

Getúlio Neves da Costa Dias, secretário municipal de Obras -
Getúlio Neves da Costa Dias, secretário municipal de Obras -

O secretário de Obras, Getúlio Neves da Costa Dias, afirmou que aguarda a liberação de recursos para iniciar as obras de drenagem na rua Márcia Mendes. Tal recurso é proveniente do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Município, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e o Ministério Público, que prevê a destinação de R$ 1 milhão para a obra.
“O projeto foi finalizado e entregue à Cesp em meados de novembro do ano passado. Agora, temos que aguardar a analise da empresa para a liberação do recurso. Sabemos que é traumática e problemática a situação dos moradores. Mas é importante que eles saibam que o Município está atento a isto, e que estamos fazendo tudo ao nosso alcance para minimizar os problemas”, explicou, referindo-se à participação da Assistência Social e da Defesa Civil no acompanhamento das famílias vítimas dos alagamentos.
Conforme o secretário, a prefeita Simone Tebet (PMDB) já decretou situação de emergência em Três Lagoas.
“O problema de alagamento não é de agora, vem de 90 anos atrás. É seríssimo, ainda mais levando em conta que, nos anos anteriores nada foi feito. Não há como resolvermos 90 anos em apenas quatro. Precisamos de recursos e obras de drenagem são extremamente onerosas”, disse.
Conforme Getulio, atualmente a Cidade possui de oito a dez pontos de alagamento críticos. Entre eles, estão: regiões do bairro Novo Aeroporto, Novo Alvorada, Jardim Alvorada, Santo André, São Carlos, Guanabara, Vila Verde e a região atrás do Parque de Exposições. “Não serão em oito anos que conseguiremos resolver todo o problema de escoamento de Três Lagoas. Mas sim em 30”.
Nos primeiros quatro anos, o Município realizou obras de drenagem em três lugares: rua Egídio Thomé [ com um investimento de R$ 3 milhões] bairro Santos Dummont [R$ 3 milhões]e na rua Antônio Estevan Leal [R$ 2 milhões]. “Temos mais de cinco projetos de drenagem prontos, mas como já disse, precisamos de recurso”, destacou.
Além do projeto de drenagem no Jardim Alvorada, a Secretaria de Obras também tem recursos garantidos, porém não liberados, para o Parque São Carlos. A obra, orçada em R$ 5 milhões, será executada por meio de convênio com o governo do Estado e está em fase de estudo.
O secretário não sabe quanto ficaria orçado para resolver o problema de toda a Cidade, mas cita um exemplo simples: R$ 3 milhões, média de custo de cada obra realizada até hoje, multiplicado por dez – estimativa de pontos críticos do Município.
Já em relação ao fechamento das galerias conhecidas como “bocas de dragão”, o ele explica que a medida não interferiu no escoamento. “Essas bocas de dragão são perigosas, viviam dando problemas. Não fechamos, as substituímos por bocas de lobo (nas laterais). Não foi por conta desta mudança que as casas alagaram. A boca de dragão da Jarí Mercante conseguiria segurar toda a água, se não estivesse obstruída”.

SUJEIRA

O secretário garantiu que as medidas para amenizar o problema a curto prazo já foram tomadas pelo Município. A primeira delas foi providenciar a limpeza de todas as galerias daquela região, mas o resultado não foi nada incentivador. Conforme Getulio, em um único dia, foi retirado um caminhão com lixos, entulhos e até móveis de dentro das galerias. “Eles [servidores do Departamento de Obras e Serviços] retiraram nada menos que cinco sofás. Nem sei como conseguiram jogar estes móveis lá dentro. A população também tem sua parcela de culpa. Todo o lixo, todo o entulho jogado nas galerias vão parar naquela região afetada [Jardim Alvorada], já que lá é a parte mais baixa. São estes moradores que recebem os problemas de todos, e que pagam por isto”. Conforme o secretário, a limpeza das galerias foi realizada ainda na terça-feira (27), às 20 horas. (R.P.)