Após divulgação de estudos feitos pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), campus local, de que a Lagoa Maior de Três Lagoas pode desaparecer dentro do prazo de 10 a 15 anos, a Secretaria do Meio Ambiente divulgou nota confirmando o risco.
De acordo com o fiscal ambiental da secretaria, Flávio Fardin, o estudo que aponta a "perda" da Lagoa Maior em dez anos é uma hipótese elaborada com base científica. "O fato pode, inclusive, se antecipar ou levar mais tempo que o previsto", diz a nota.
A secretaria, porém, afirma que tem respaldo e estratégias para impedir que lagoa fique seca.
O resultado do estudo, de acordo com o fiscal, foi embasado no nível de sedimentação (acúmulo de areia, principalmente) acompanhado ao longo do tempo. “Ou seja, a lagoa pode secar ou ficar muito rasa é sim um fato. Se isto acontecer, a administração municipal tomará as medidas legais e ambientais cabíveis para a recuperação, já que a própria secretaria é o órgão que licencia a orla da Lagoa Maior”, explicou Flávio.
Ainda de acordo com a secretaria, algumas medidas já são adotadas para evitar que isso aconteça. As caixas de contenção que existem ao redor da lagoa evitam a sedimentação excessiva, porque água de chuvas passam por elas antes de ser desaguar no leito, retendo parte de areia, como num filtro. "Esses pontos são limpos em épocas de estiagem", segundo a pasta.
Outra alternativa para a manutenção do nível de água é o sistema de bombeamento da Segunda Lagoa, um recurso utilizado quando a água excede ao nível. A construção de piscinões – bacia de amortização de água pluvial – em bairros adjacentes também faz parte das ações para evitar o desaparecimento da lagoa.