Enquanto os casos de dengue baixaram consideravelmente no ano de 2008 – fechado com apenas 15 -, os olhos da Secretaria Municipal de Saúde foram voltados para outra doença: a leishmaniose.
Nesta semana, a secretária de Saúde, Elenir Neves de Carvalho, divulgou um alerta à população sobre os riscos da doença, principalmente em relação ao diagnostico precoce da leishmaniose e os cuidados para combater o mosquito transmissor.
A maior preocupação se deve à alta letalidade da doença. Em 2008, o Setor de Endemias registrou 48 casos de leishmaniose em Três Lagoas. Destes, três pacientes morreram por conta de complicações da doença. O quadro foi bastante diferente do ano anterior, quando o Município teve 25 casos da doença e nenhuma morte.
“A participação da população nesta luta é imprescindível para que não haja mais casos da doença em pessoas, e também em animais”, destacou.
A secretária explica que o tratamento da doença é fácil, quando detectada precocemente. “A doença ataca o fígado e o baço, com febre intermitente e perda de peso. Quem apresentar estes sintomas pode estar com suspeita de leishmaniose, devendo buscar rapidamente atendimento médico em qualquer unidade de saúde do município”, alerta.
Para este ano, Elenir focará as ações da Secretaria de Saúde nos cães, considerados reservatórios do vírus da doença. A retirada os cães que apresentam os sintomas da doença, trabalho realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Conforme Elenir, os proprietários também são notificados para a retirada de animais, como porcos e aves, do interior de quintais dentro da área urbana, já que suas fezes e o alimento oferecido a eles é fonte de alimento ao mosquito. Outra fonte em potencial para o flebótomo são os restos de matéria orgânica de árvores frutíferas, que em decomposição dão condições para o mesmo se desenvolver.
“E é nesta época de intensas chuvas que os ambientes ficam úmidos e sombrios, com condições ideais para os mosquitos se proliferarem”, alertou a secretária de Saúde.
Além disso, a população pode tomar atitudes simples, facilmente adaptadas ao dia-dia. Entre elas, estão: o uso constante de repelentes, evitar passeios com cães das 16h às 18 horas, encoleirar os cães com coleira repetente, manter quintais limpos e não criar animais como porcos e aves em área urbana – as vezes desses animais se transformam em pontos de proliferação da doença. Além disso, outra dica é o uso da citronela como repelente natural (seja extrato ou incensos), principalmente no período da tarde, quando o flebótomo entra em atividade.