Alguns remédios estão em falta nos estabelecimentos hospitalares e farmacêuticos do país, entre eles estão a ocitocina, amicacina, atropina, neostigmina e dipirona, analgésico anti-inflamatório. Em Três Lagoas, de acordo com a secretária Municipal de Saúde (Sms), Elaine Furio, a situação está “confortável”.
Entretanto, a SMS alerta que pode haver, futuramente, falta de medicamentos na Rede Municipal de Saúde, pois os vencedores da licitação estão pedindo desclassificação de alguns itens adquiridos por não ter o produto, e outros por serem fornecidos pela esfera federal.
Elaine explica que os medicamentos são classificados como pactuados, que são aqueles que o Município compra diretamente, e os não-pactuados, que vem direto do Ministério da Saúde.
“Geralmente os medicamentos não-pactuados (esfera federal) são os primeiros a faltar. Mas, neste momento, ainda estamos em uma situação mais confortável comparado a outras cidades” explicou a secretária da pasta.
Entre os medicamentos que ainda não foram adquiridos, por conta da falta no mercado farmacêutico em geral, estão a amoxicilina e clavulanato, mas há estoque na Rede Municipal de Saúde.
A Azitromicina foi adquirida pela SMS, mas o vencedor pediu desclassificação, e há possibilidade do segundo e terceiro colocados não aderirem ao certame, por conta da alta nos preços.
Em relação ao Dipirona, outro medicamento escasso em diversas cidades, Três Lagoas tem em estoque e efetuou nova compra, aguarda agora receber o item do fornecedor.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), entre os motivos da escassez de remédios está o atual cenário pandêmico e geopolítico mundial, com a guerra na Ucrânia e o lockdown na China, que têm prejudicado a importação de insumos farmacêuticos ativos (IFAs).
O aumento do dólar, do combustível e da energia, que elevaram o preço da matéria-prima, também impactam no fornecimento de produtos.