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Secretário de Fazenda vai assumir “com tesoura na mão”, diz Reinaldo

Azambuja está preocupado com cenário de baixo crescimento econômico

O secretário de Fazenda do novo governo, Márcio Monteiro, vai assumir a Pasta “com a tesoura na mão”, disse o governador eleito Reinaldo Azambuja durante o anúncio de 12 dos 13 secretários. Reinaldo ainda não confirmou o titular da pasta de Produção e Agricultura Familiar, além do procurador-geral e do controlador-geral. O governador eleito também não detalhou como vai funcionar a Governadoria Regional.

Reinaldo Azambuja voltou a manifestar preocupação com o “cenário de baixo crescimento” da economia, por isso, o futuro secretário de Fazenda terá que buscar o equilíbrio entre receita e despesa. Ele cita a alta da inflação e elevadas taxas de juros, lembrando que assumir com aumento das despesas com pessoal e repasses aos poderes.

Na área econômica, Reinaldo defende um “novo viés” para a política de incentivos fiscais, que considera “boa”, mas precisa ser descentralizada. Azambuja também projeta o desenvolvimento de polos industriais nas regiões menos desenvolvidas.

O governador eleito disse que uma das audiências no primeiro dia de governo será com representantes das comunidades indígenas, para discutir a formação de um comitê que vai buscar solução para os conflitos entre índios e fazendeiros.

Metas – Durante o anúncio do secretariado, Reinaldo Azambuja reafirmou as metas de seu governo . Disse da necessidade de um Estado “leve e ágil”, e redimensionamento da educação. “O que vale é o aprendizado. Mato Grosso do Sul tem um dos maiores gastos per capita, mas os últimos indicadores mostram que o objetivo não é atendido”.

Na saúde o desafio será retomar obras paradas de dois hospitais na Capital, iniciar as obras de dois hospitais regionais de Dourados e Três Lagoas e aparelhar hospitais do interior.

Em relação a infraestrutura, o governador eleito reafirmou o plano de integrar ferrovia e hidrovia e a curto, médio e longo prazos viabilizar os portos de Bataguassu e Três Lagoas. Com boas condições de escoamento, os produtos do Estado se tornarão mais competitivos.

Na segurança pública, Reinaldo disse que o governo vai intensificar o combate ao tráfico de drogas e de armas e reclamou que a União deixa para os Estados o peso do sistema prisional que abria pelo menos 62% de presos em razão do tráfico. O governador eleito considera fundamental a integração das polícias civil e militar e formação de um comitê com a participação dos organismos policiais e de segurança para vigilância das fronteiras, com suporte de patrulhamento eletrônico. ‘Vamos investir na inteligência e tecnologia”.

No setor habitacional, além do programa específico para servidores, Reinaldo Azambuja disse que vai priorizar os projetos para famílias com renda entre um e três salários mínimos.

Na cultura, que terá ações integradas com o turismo, empreendedorismo e inovação, Reinaldo determinou projetos para difundir também outras manifestações e eventos fora do circuito Pantanal, Bonito, para dar oportunidades de patrocínio e divulgação de festas populares. “Dá para fazer muito com 1,5% do orçamento”, lembrou Azambuja.