Pelo menos seis inquéritos de assassinatos registrados em Três Lagoas, continuam sendo investigados pela Polícia Civil sem a identificação e prisão dos suspeitos. De acordo com dados obtidos pelo Jornal do Povo, em 2023 ocorreram 17 homicídios, sendo que 13 casos foram solucionados e quatro ainda seguem com inquéritos em aberto. Já em 2024, foram dois homicídios e as investigações ainda buscam identificar os envolvidos. O delegado regional da Polícia Civil, Ailton Pereira, pontua que mais da metade dos inquéritos policiais foram concluídos e encaminhados à Justiça. “Na maioria deles, os autores estão presos. E, agora, a gente aguarda o julgamento pela Justiça”, explicou.
Os casos sem esclarecimentos refletem a realidade de Gabriel Ferreira Rodrigues, de 26 anos, que tinha como apelido “Lebrão”. Ele foi morto por arma de fogo, na noite de dia 17 de fevereiro de 2024, no bairro São João, em Três Lagoas.
Outro caso recente é de Paulo Sérgio da Cruz, assassinado com dois tiros no tórax, na noite de 18 de fevereiro, na rua Eurídice Chagas Cruz, no bairro Alto da Boa Vista. De acordo com o delegado, os dois homicídios estão sendo investigados.
“O Paulo tinha várias passagens pela polícia e era usuário de drogas, talvez ele estivesse com alguma dívida em ‘boca de fumo”, detalhou o delegado.
A Polícia Civil aponta que, em Três Lagoas é recorrente acontecer homicídios por conta de dívidas com drogas. “Hoje, tem muito crime contra o patrimônio, que está relacionado ao tráfico de entorpecentes. Aqui, estamos em uma rota. O usuário não trabalha para manter o vício e vai furtar”, pontou o delegado.
INVESTIGAÇÃO
Quando ocorre um crime, principalmente, homicídio, é feito um levantamento e a perícia vai até o local. Depois, o delegado e a equipe da polícia iniciam o trabalho de investigação com coleta de informações, depoimento de testemunhas e provas científicas, que são reunidas em um processo.
“A investigação é feita pela Polícia Civil, Polícia Militar e todas as unidades policiais de Três Lagoas, empenhadas em esclarecer os crimes. Na maioria deles, conseguimos chegar na autoria, outros não conseguimos devido ter ocorrido em um local ermo, não ter testemunha, ou, o autor ter vários desafetos, que atrapalham as investigações”, explicou delegado Ailton.