Residências nos bairros Vila Piloto, Novo Oeste, Interlagos e regiões mais periféricas foram alvos da operação “Sepulcro”, da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (9), que investiga três homicídios ocorridos em Três Lagoas, no ano passado. Seis mandados de prisão e cinco de busca de apreensão foram cumpridos nesses bairros pelos agentes da Seção de Investigações Gerais (SIG) e pelo Núcleo Regional de Inteligência (NRI) de Três Lagoas.
As investigações são decorrentes das mortes de Carlos Augusto Machado, de 32 anos, Pablo Cristian Azambuja, 30 anos, Elias Ribeiro, 29 anos. De acordo com a Polícia Civil, O corpo de Augusto foi encontrado às margens da BR-158, com as mãos e os pés amarrados, no dia 15 de setembro de 2022. Peritos da Polícia Civil identificaram duas perfurações na cabeça realizadas por disparo de arma de fogo. No dia 24 de setembro, o corpo de Pablo foi localizado na região conhecida como Cascalheira, às margens do Rio Paraná, parcialmente carbonizado e também com as mãos amarradas. No dia seguinte, os policiais encontraram o corpo de Elias, que também estava com perfurações e parcialmente carbonizado.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, o delegado Ricardo Cavagna, titular da SIG, informou que as vítimas não tinham antecedentes criminais, porém, mantinham envolvimento com integrantes de uma facção criminosa. Dessa forma, segundo as investigações, os homicídios foram motivados pelo chamado “Tribunal do Crime”.
Operação
A mega operação, coordenada pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Três Lagoas, ocorreu simultaneamente em Três Lagoas, Campo Grande, Dourados, e ainda no município de Andradina (SP) e, em Fortaleza (CE). Foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão, nas ruas e em presídios dessas cidades. Apenas dois mandados de prisão não foram cumpridos. Uma mulher, que seria integrante da facção, foi presa em Dourados e, outra suspeita, no Ceará.
A operação contou com uma aeronave da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que sobrevoou vários bairros, como forma de apoio às equipes policiais. O trabalho investigativo foi realizado em dez meses, envolvendo análises de provas, depoimentos de testemunhas e cooperação entre diferentes policiais. A polícia busca, agora, identificar outros integrantes da facção que estejam envolvidos nos homicídios.