Seis casos de leishmaniose visceral em humanos foram confirmados, em Três Lagoas, e um dos moradores ainda segue internado para tratamento no Hospital Auxiliadora. Segundo o Departamento de Vigilância e Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, o último caso foi registrado, no bairro Jardim Alvorada, e trata-se de uma criança de 3 anos de idade.
A menina teria sido diagnosticada com a doença no início do mês de maio e está recebendo o tratamento necessário para combater a doença. Os outros pacientes diagnosticados com leishmaniose visceral são dos bairros Santa Terezinha, Novo Aeroporto, Centro e Quinta da Lagoa. O primeiro registro da doença na cidade ocorreu em fevereiro, quando um homem de 29 anos foi internado para tratamento.
Depois, um menino de 3 anos e um homem, de 54 anos de idade, também foram infectados, no mês de março, pelo mosquito palha, transmissor da leishmaniose. Em abril, um morador, de 56 anos, foi confirmado com a doença ao passo que em maio, além da criança, uma jovem de 30 anos, também recebeu o mesmo diagnóstico.
Dados do último boletim epidemiológico da secretaria apontam que, somente neste ano, foram notificados 44 casos suspeitos da doença, sendo que 38 deles descartados após exames laboratoriais. O levantamento se refere a 1° de janeiro a 20 de maio. Em 2015, o município registrou um óbito e nove casos de leishmaniose visceral.
Para o coordenador de Endemias do município, Benício Donizette Silva, o número de casos este ano é alto e os moradores precisam ficar atentos no combate à doença. Ele explica que uma das medidas para prevenção da doença é a borrifação realizada em locais que já possuíram casos de leishmaniose em humanos, sempre que notificado um novo caso.
“Nós fazemos um trabalho de bloqueio químico, com delimitação de nove quarteirões e a aplicação de inseticidas dentro e fora das residências. Após isso, orientamos os moradores a dar continuidade aos cuidados contra o mosquito, que se aloja em materiais orgânicos. Por isso é preciso cuidado com o lixo, casas com galinheiros, entulhos, por exemplo”, frisou.
TRANSMISSÃO
A leishmaniose é transmitida a cães e humanos pelo mosquito palha, que é parecido com o transmissor da dengue. A diferença é que o inseto se prolifera em locais úmidos e com lixo, não em locais com água parada.
O Departamento de Vigilância e Epidemiologia alerta que para a prevenção é necessário promover limpeza dos terrenos e manter a higiene dos animais. No caso da doença em humanos, é preciso ficar atento aos principais sintomas, que são: febre, fraqueza, feridas na pele e falta de apetite.