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Três Lagoas

Sem mão de obra, empresários buscam novas contratações

Maior dificuldade está na contratação de profissionais qualificados para bares e restaurantes

Há oito anos trabalhando no ramo de restaurantes, Roberto Imada tem atualmente -
Há oito anos trabalhando no ramo de restaurantes, Roberto Imada tem atualmente -

Cada novo ‘boom’ de desenvolvimento em Três Lagoas aponta vitórias e falhas em questões estruturais, uma delas é a qualificação profissional. Um dos setores que tem recebido investimentos – além da rede hoteleira – é o segmento de bares e restaurantes.
Com fluxo de pessoas circulando, é comum a abertura de empresas neste ramo. Uma das reclamações mais constantes dos empresários, além da falta de qualificação profissional, é rotatividade de funcionários.
Embora existam vagas, a sazonalidade de turistas em negócio e as baixas temporadas refletem diretamente no setor, como explica a gerente do Sebrae, Márcia Rocha. Segundo ela, o problema não acontece apenas em Três Lagoas. “Essa realidade é encontrada em todos os lugares. Mesmo em regiões como Bonito, há um déficit de mão de obra”.
Márcia acredita que o mercado não absorva esses profissionais por questões culturais. “O problema não é exclusivamente do empresário ou do funcionário. Ambos precisam entender que a qualificação e o bom atendimento refletem diretamente no sucesso do negócio. Os garçons, por exemplo, devem tirar da cabeça que são apenas atendentes. Eles são vendedores, entre outros quesitos necessitam conhecer o cardápio, saber explicar sobre os pratos. É uma visão que precisa ser mudada”.
Ela também destaca que essa mudança não pode ser repentina. “Bonito levou 18 anos para chegar ao patamar atual. Hoje é referência em turismo, mas passou por vários problemas. Mais cedo ou mais tarde, tantos os
empresários como os funcionários, deverão passar pela capacitação. É inevitável”, salientou.

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