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Reajuste

Servidores da educação rejeitam reajuste e realizam paralisação

Durante a assembleia, funcionários votaram contra proposta da prefeitura e pela realização de um dia de alerta, marcado para terça-feira

Proposta da prefeitura foi rejeitada em assembleia nesta terça-feira  - Ana Cristina Santos/JP
Proposta da prefeitura foi rejeitada em assembleia nesta terça-feira - Ana Cristina Santos/JP

Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira, os servidores da Rede Municipal de Educação (Reme) de Três Lagoas rejeitaram a proposta de reajuste salarial oferecida pela prefeitura. A categoria pleiteia 11.36%% para o magistério, percentual do Piso Salarial Nacional e, pelo menos, 10.06% que é a reposição da inflação para os servidores do administrativo.

 A administração municipal, no entanto, apresentou uma contraproposta de 4% para os funcionários do administrativo, e 8% para o magistério. Esse percentual de 8% seria dado agora com retroativo a janeiro e mais 3,36% em agosto para receber em setembro, sem retroativo.

Na manhã desta terça-feira, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted) de Três Lagoas se reuniram com a prefeita Márcia Moura, com o secretário de Finanças, Fernando Pereira, entre outros, para tratar da negociação salarial.

De acordo com a presidente do Sinted, Maria Diogo, essa foi a quarta reunião realizada com representantes da prefeitura. No entanto, segundo ela, não houve avanços nas negociações, já que a prefeitura alega não ter condições de arcar com o piso integral agora. “A prefeitura alega que, se conceder o piso integral vai infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, vão atingir o limite prudencial que é de 51%, mas, ao mesmo tempo, estão incorrendo em improbidade administrativa em não referendar o reajuste de 11.36%”, comentou.

Para Maria Diogo, a recomendação quando a administração está perto de atingir o limite prudencial, é que reduza o número de funcionários comissionados. “Nós colocamos isso na mesa de negociação, que realize cortes e faça os ajustes necessários para que conceda o reajuste para o grupo do magistério e administrativo”, acrescentou.

Durante a assembleia, os servidores votaram pela rejeição da contraproposta da prefeitura, bem como em realizar um dia de alerta, marcado para a próxima terça-feira, quando vai acontecer uma passeata e panfletagem nas ruas da cidade. Neste dia, não haverá aula nas escolas e Centros de Educação Infantil. A previsão é de que aproximadamente 15 mil alunos fiquem sem aula neste dia. No período noturno, os servidores vão marcar presença na sessão da Câmara Municipal.

A reportagem tentou falar com o secretário de Finanças e com o assessor de comunicação da prefeitura, mas ambos não atenderam as ligações.