O vereador licenciado de Campo Grande João César Mattogrosso assumiu, em maio de 2021, o comando da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura (Secic) e soma importantes avanços desde a sua chegada à pasta, que foi criada no final de abril do ano passado.
A secretaria foi criada para fomentar as ações de cidadania e cultura em todo o Mato Grosso do Sul. Apesar dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, diversas conquistas foram viabilizadas para os segmentos atendidos pela secretaria. Nesta semana, o secretário esteve em Três Lagoas para divulgar essas ações e concedeu entrevista ao TVC Agora. Acompanhe alguns trechos da entrevista.
Qual o objetivo da vinda do senhor ao município?
João César Mattogrosso Estamos com uma agenda de divulgação das ações da Cultura e Cidadania. Vamos conversar com os representantes do Executivo e Legislativo para saber das demandas de Três Lagoas e dos municípios da Costa Leste, o que eles esperam do governo nessas áreas.
O Governo do Estado lançou no ano passado um pacote de benefícios para atender diversos setores da economia que foram afetados pela pandemia. O setor cultural foi um dos beneficiados?
João César Mattogrosso Perfeito, logo que começamos a sentir os efeitos da pandemia, Mato Grosso do Sul foi o primeiro Estado a conceder incentivos ao setor cultural e finalizamos dezembro pagando a terceira etapa do auxílio emergencial. Em junho, participamos juntos com o governador Reinaldo Azambuja e com o secretário Eduardo Riedel, presidente do Prosseguir, de um mega pacote, o “Retomada MS”, num investimento de R$ 800 milhões para atender os setores mais prejudicados pela pandemia, como cultura, turismo, bares e restaurantes, mas hoje já ultrapassamos mais de R$ 1 bilhão de investimentos para esses setores. Para a cultura foi anunciado investimentos de quase R$ 80 milhões e já ultrapassamos mais de R$ 120 milhões. Desse montante, R$ 24 milhões foram para os editais, sendo R$ 12 milhões para 2021 e o restante para este ano. Também R$ 8 milhões para o Fundo de Investimentos Culturais (FIC) de 2021 com pagamento em 2022, e FIC de 2022 com pagamento para 2023. Foram investidos mais de R$ 40 milhões em obras, reformas e restaurações de espaços públicos culturais em todo o Estado. Também garantimos recursos para os festivais, como o América do Sul e de Bonito. No ano passado lançamos o maior festival de Campo Grande, o Festival Campão Cultural. A capital respirou cultura por 14 dias em diversas áreas. E temos recursos garantidos para a edição deste ano. Mas isso, claro, vai depender da situação da pandemia, se tiver controlada e com todas as medidas de segurança. Íamos lançar um mega festival em todo o Estado, com seletivas municipais, mas por conta da pandemia, seguramos.
O setor cultural é importante não só do ponto de vista de lazer, mas para a geração de empregos?
João César Mattogrosso Exato, não só por essa questão da empregabilidade, mas por conta da pandemia as pessoas passaram a dar mais valor a cultura, que foi um setor importante para manter as pessoas em casa no período da pandemia. O povo sem cultura é um povo sem história.
O senhor além de político é empresário, como foi esse processo de transição para ingressar na política?
João César Mattogrosso Temos uma empresa há 28 anos no ramo do agronegócio, mas sempre fui apaixonado por política. Vivo da empresa, mas a paixão é ajudar as pessoas através da política. Em 2016, sai candidato, e no primeiro mandato, fiz mais de mil reuniões e visitas em bairros, conversando com a população. Acredito que a sensibilidade do nosso governador, do secretário Riedel, de ver e perceber que esse tipo de política deu certo, pois é o que a população espera, e no momento da pandemia, juntou a nossa forma de fazer política com a sensibilidade do governador, que nos convidou para fazer parte do governo e assumir a secretaria.
A secretaria de Cidadania e Cultura é responsável por outras subsecretarias, como tem sido esse trabalho de integração?
João César Mattogrosso Temos feito uma política transversal, integrando a pasta da cultura com as pastas das subsecretarias, levando aos bairros políticas públicas junto com ações culturais. Temos o projeto Lei Maria da Penha vai aos bairros, entre outros.
Aproveitando agora para falar de política partidária, já que o senhor é o presidente do diretório municipal do PSDB em Campo Grande. Como está o partido no Estado visando as próximas eleições?
João César Mattogrosso Como todo partido grande pretende disputar as eleições, com o PSDB não é diferente. Para as eleições deste ano, o PSDB tem como pré-candidato ao governo, Eduardo Ridel. O grupo entende que ele é o nome preparado para defender o legado nos próximos anos. Legado de um governo que falou e fez o municipalismo. Um governo que entende que as pessoas estão nos municípios, e por isso, os investimentos devem estar nas cidades, independente de sigla partidária. Mato Grosso do Sul é referência em quase todas as ações. Tudo isso é fruto de ações, muitas das vezes, consideradas antipáticas na primeira gestão, mas necessária para transformar Mato Grosso do Sul em referência no desenvolvimento.
Vocês estão confiantes para que o partido possa continuar governando o Estado?
João César Mattogrosso Com toda certeza. Temos um belíssimo trabalho e entregas. Sabemos onde poderemos chegar.
O PSDB está estruturado para as eleições deste ano?
João César Mattogrosso Sim. A gente vê um trabalho valer a pena em todos os municípios. Mesmo nos municípios que não estão com o PSDB, a gente vê o reconhecimento do trabalho. Não defendem a bandeira, mas reconhecem o trabalho e isso que a gente preserva na nossa gestão.
O MDB vai lançar a senadora por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet, candidata à presidência da República. Um grupo do PSDB aqui no Estado já declarou que pretende apoiar Simone. O que o senhor acha disso, já que o PSDB pretende lançar João Dória?
João César Mattogrosso Se me perguntassem isso anos atrás diria: claro, o João Dória. Mas, analisando a política, de como deve ser feita, e por defender nosso Estado, defendo o nome da nossa senadora Simone Tebet. Defendo essa união. É muito bom ver não só o nome de Simone Tebet, mas da ministra Tereza Cristina e também do Luiz Henrique Mandetta, sendo destacados politicamente. Eu sou defensor de Simone Tebet ao nome de João Dória.