E Valdecir Cremon
A expansão das fábricas de celulose instaladas em Três Lagoas, por enquanto, não altera o preço do aluguel nem na venda de imóveis na cidade. A afirmação é do presidente da Associação dos Corretores de Imóveis de Três Lagoas, Alberto Gusmão. Os valores, disse ele, seguem estáveis.
O mercado para vendas e aluguel, de acordo com Gusmão, segue “morno”. “Os proprietários que estão com valores dentro da realidade têm conseguido alugar ou vender. Os que estão fora do valor de mercado ficam fechados”, destacou. A condição, segundo ele, vale para imóveis comerciais e para moradia.
Embora não possua uma estimativa, Gusmão disse que há grande quantidade de imóveis na cidade. “A oferta é maior que a procura. As pessoas que têm esperado uma valorização significativa precisam repensar seus planos e voltar à realidade do mercado, senão os produtos vão ficar parados, exatamente devido à grande oferta”, alertou.
Para Antonio Alves de Souza, dono da imobiliária Daterra, procura e oferta mantêm aquecido o mercado na cidade. “Estamos tendo um bom movimento, embora seja esperada uma elevação ainda maior, considerando o momento diferenciado que a cidade atravessa em relação ao país”, comentou.
O empresário citou como exemplo a procura por apartamentos de porte médio – “que não temos em número suficiente na cidade” – em sua imobiliária. “Existe esta carência”, disse.
O valor médio para locação em Três Lagoas, de acordo com o presidente da Associação dos Corretores de Imóveis, tem girado entorno de mil reais, diferentemente do período anterior, na época de instalação das fábricas. “Hoje é possível encontrar imóveis na cidade por R$ 600 e até por R$ 500”, afirmou.
Antonio Alves diz que a definição de valores depende de inúmeras características dos imóveis. “Da mesma maneira que temos carência de imóveis de padrão médio, porque há poucos investimentos assim, que possuem valores mais altos, também possuímos imóveis que não podem ser muito valorizados devido à localização, metragem e uma série de outros detalhes”, disse.
“Hoje, o que mais tem girado na cidade são imóveis com valor em torno de mil reais. E não é para qualquer imóvel. Tem que estar em boas condições, bem acabado e em boa localização”, comentou. A mesma opinião é de Antonio Alves, que aponta o aumento das exigências de inquilinos. “Hoje, nosso cliente quer alugar imóveis melhores, bem localizados e bem construídos”, disse.
FEIRÃO DE CASAS
Uma das maneiras que o setor encontrou para ofertar imóveis é a realização de feiras. Neste final de semana, a Imobiliária Daterra realiza um “feirão de casas” construídas pelo programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal.
A diretora da empresa, Paula Souza Ratto, disse que o feirão terá propostas de negócios com descontos de até R$ 15 mil e entrada parcelada em até 36 meses.
O feirão será realizado na sede da imobiliária (avenida Eloy Chaves, número 201, no centro da cidade), hoje das 8h às 8h, e amanhã das 9h às 17h, e serão oferecidos imóveis de seis empreendimentos, além de construções de proprietários particulares.