O SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, conseguiu esclarecer na manhã desta terça-feira (7), um crime de homicídio ocorrido no domingo e a principal suspeita de cometer o crime, seria a mulher da vítima Paulo Sérgio de Andrade (45), morto com uma facada no tórax, no bairro Vila Haro, em Três Lagoas.
No domingo dia 5, a Polícia Militar e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), foram chamados na rua Valdemar Fernandes Gomes, Vil Haro. No local, os militares foram informados por familiares, que a vítima havia chegado por volta de 4h da madrugada, reclamando de fortes dores no peito.
Segundo os familiares, o Samu teria sido chamado e chegado só às 5h, 1h depois da primeira ligação, ao chegar no local os socorristas medianamente passaram a fazer massagem cardíaca em Paulo Sérgio, que estava em parada cardíaca. Após 40 minutos tentando reanimar a vítima, a morte foi confirmada e a Polícia Civil e Polícia Científica foram acionadas.
Durante os trabalhos de investigação no local, os investigadores avistaram uma perfuração no peito da vítima e acreditaram se tratar, de uma perfuração por arma de fogo. O boletim de ocorrência, de morte à esclarecer foi registrado e o SIG (Setor de Investigações Gerais), assumiu as investigações.
Durante as investigações os investigadores convidaram a mulher da vítima que teria reafirmado, a versão dada aos policiais militares e civis no dia dos fatos. Ao analisar imagens de circuito interno de casas vizinhas, os investigadores não presenciaram a movimentação da vítima no horário relatado pelos familiares.
A esposa de Paulo Sérgio de Andrade, foi convidada novamente para prestar depoimento nesta terça-feira (7), onde acabou por confessar ter matado o marido com uma faca. A mulher recebeu voz de prisão por crime de homicídio qualificado.
Durante o novo depoimento a mulher disse aos policiais que era agredida constantemente pelo marido, e durante a madrugada teria discutido com o marido e após ser agredida, teria desferido um golpe de faca em Paulo Sérgio, matando o marido e posteriormente inventando a história repassada aos policiais, na tentativa de evitar a prisão. Ao delegado, a vítima alegou legítima defesa.
Após a versão da mulher de 41 anos, o laudo do IMOL (Instituto de Medicina Odontológica Legal) foi pedido, onde foi constatado que a vítima teria morrido por choque hipovolêmico, devido perfuração profunda de arma branca no tórax, e não por arma de fogo, como atestado primeiramente pelo Samu e pelo perito da Polícia Científica.
A mulher de 41 anos, foi indiciada por homicídio qualificado e responderá em liberdade. Em nota à delegacia do SIG, informa, que apesar da confissão da mulher, as investigações irão continuar, para investigar outras informações recebidas durante as investigações.