Caso seja a escolhida pelo PMDB para disputar o governo do Estado em 2014, a vice-governadora Simone Tebet disse ao Jornal do Povo que não tem medo de enfrentar o senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do PT na disputa pela sucessão de André Puccinelli. Simone está em Três Lagoas para participar de uma gravação de uma propaganda institucional do PMDB. Além disso, aproveita para marcar espaço no seu território político.
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Coincidência ou não, nesse final de semana quem estará cumprindo agenda no município é o senador Delcídio do Amaral. O petista, que anda sumido de Três Lagoas, também tenta marcar espaço no território da pemedebista. Enquanto o PT já definiu o seu candidato ao governo, o PMDB ainda decide entre Simone ou Nelsinho Trad.
Simone declarou que se o PMDB ainda não lançou candidato é por uma questão estratégica e garantiu que o PMDB não está divagando. “Ninguém faz nada ao acaso, hoje tudo é muito profissional, seja em qual área for e na política não é diferente. Se o PMDB ainda não apresentou o candidato é por uma questão estratégica, por entender que não é o momento. O PMDB não está divagando, entendo que até um ano antes da eleição temos que definir, ou seja, 30 de setembro. Até porque, se alguém acha que foi preterido, terá tempo de trocar de partido para ter a sua candidatura”, comentou.
SENADO
Simone Tebet nunca escondeu o sonho de ser senadora, seguindo assim os mesmos passos que o seu pai, o saudoso senador Ramez Tebet. Entretanto, pesquisas apontam que o nome de André Puccinelli, hoje, é o mais forte para a disputa da única vaga ao Senado nas eleições do ano que vem. “As pesquisas são verdadeiras, e não há nem o que se discutir. Para Mato Grosso do Sul, fui uma simples prefeita de uma grande cidade, mas não fui prefeita de uma capital. Já o governador foi prefeito da capital por duas vezes, é governador e tem feito um grande trabalho no interior do Estado. Então, é natural que o nome dele é o mais forte”, comentou Simone.
Entretanto, segundo ela, Puccinelli tem declarado que não pretende ser candidato. “Se, por ventura, ele não for, não sabemos, eu gostaria de ser o nome escolhido dentro do meu partido para ser a candidata ao Senado”, acrescentou.
Por outro lado, caso isso não aconteça, e Puccinelli tenha que sair candidato ao Senado- até para ajudar o candidato ao governo- Simone assumiria o comando do Estado, seis meses antes da eleição, com grande possibilidade de ser a candidata natural do partido para continuar governando Mato Grosso do Sul.
PREPARADA
Ao ser questionada se sente preparada para governar o Estado, foi humilde ao dizer que: “ O ser humano está em constante evolução e crescimento. Sempre digo que: Deus não dá o fardo para quem não aguenta carregar, mas também entendo que: Deus não escolhe apenas os capazes e capacitados, ele capacita as pessoas para a missão que escolheu. Estar preparada ou não, não sei, mas tenho muita fé e gosto de trabalhar. Sei que, tendo isso, a gente sempre chega aos melhores lugares. A minha vontade é muito grande de continuar trabalhando por Mato Grosso do Sul, seja como pré-candidata ao governo, ao Senado, como professora ou na iniciativa privada”, destacou.
DELCÍDIO
Simone comentou que não é impossível, mas acha difícil uma aliança entre PT e PMDB no Estado para as eleições de 2014, já que dos dois partidos tem candidato ao governo. Hoje, o senador Delcídio do Amaral aparece em primeiro lugar nas pesquisas para o governo do Estado. Entretanto, para a vice-governadora lá na frente esse quadro pode mudar. “Eleição é uma caixinha de surpresa. Quem esperava esses movimentos nas ruas, ou a queda no índice de popularidade e da administração da presidente Dilma? Sempre digo que: para política, 24 horas é muito tempo, imagine um ano”, comparou.
Questionada se está preparada para enfrentar o senador na disputa pelo governo do Estado, disse que a pessoa pública tem que estar preparada para enfrentar quem quer que seja. “Meu pai saiu candidato na primeira campanha ao Senado com 2% nas pesquisas, contra quatro candidatos fortes e ganhou a eleição. Na primeira eleição do Zeca, ele começou a campanha lá atrás e ninguém acreditava que teria segundo turno e ele venceu as eleições. O André Puccinelli foi à mesma coisa. Quando ele saiu candidato a prefeito da capital pela primeira vez estava com 6% das intenções de votos e ganhou”, lembrou.
Simone fez questão de dizer que só tem medo da intervenção divina, fora disso, afirmou que não tem medo de receio de enfrentar quem quer que seja.
Vice-governadora participada eventos em Três Lagoas
A vice-governadora Simone Tebet (PMDB) participou na noite de ontem da abertura da tradicional festa do Folclore de Três Lagoas, que será realizada até domingo no Parque de Exposições Joaquim Marques de Souza.
Na manhã de hoje, Simone participa da assinatura da ordem de serviço para a ampliação e reforma do novo prédio do Corpo de Bombeiros de Três Lagoas. Em seguida, se reúne com a prefeita Márcia Moura e secretários municipais para discutir novos projetos que possam ser implantados na cidade.
Ela informou que no próximo dia 15de agosto o governador André Puccinelli irá lançar o programa MS Forte 2, no valor de R$ 2 bilhões. Entre outras melhorias, o pacote prevê recursos para a construção do Hospital Regional, cuja ordem de licitação será assinada nesse dia, em Campo Grande.
Simone comentou que, em breve, as obras do contorno ferroviário serão retomadas. Assim que for concluída, disse que a intenção é que toda essa aérea seja revitalizada. “O governador já me garantiu R$ 15 milhões para que essa revitalização seja feita”, frisou.
