Desde o dia 1° de janeiro deste ano está em vigor a Resolução 435, de fevereiro de 2013, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece que os alunos que se matricularem em uma autoescola para obter a Carteira Nacional de Habilitação, categoria B (carro), devem fazer cinco aulas de 30 minutos de duração, cada uma, em simulador de direção veicular.Três Lagoas, onde estão habilitadas sete autoescolas, deve receber um ou dois equipamentos até o início de fevereiro, que ficarão à disposição do CFCs no Centro Teórico local, segundo informações do presidente do Sindicato das Autoescolas de MS (SindCFC), Wagner Prado.
Três Lagoas
Simuladores de direção chegam em fevereiro em Três Lagoas
CFCs que descumprirem a resolução do Denatran ficarão inabilitados para a formação de alunos em busca da CNH
O presidente do sindicato citou ainda que no País, apenas quatro empresas estão homologadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para fornecer simuladores às autoescolas e, a empresa Pró Simuladores da cidade de São Paulo, é quem fornecerá os equipamentos para os CFCs de Mato Grosso do Sul.
“A empresa pediu de 30 a 40 dias para entregar os equipamentos, já que para atender todo o MS são necessários entre 50 e 60 simuladores, os quais custam aproximadamente R$ 40 mil, cada”, explicou Wagner, que está auxiliando a intermediação das aquisições entre as autoescolas e a empresa fornecedora das máquinas.
O presidente do sindicato,citou que as aulas com o simulador resultarão num acréscimo de aproximadamente R$ 300,00 no custo da CNH que hoje varia entre R$ 1.500,00 a R$ 1.800,00.. “Cada aula custará entre R$ 50,00 e R$ 60,00, dependendo do valor a ser cobrado por cada autoescola”, salientou.
As aulas com o simulador serão feitas após o aluno ser aprovado na prova teórica, mas, antes de receber a licença de emissão de aprendizagem, ou seja, no intervalo entre as aulas teóricas e práticas, conforme informou o diretor da Divisão de Registros de Condutores do Detran-MS, Luiz Fernando Ferreira dos Santos.
O presidente do SindCFC alerta que o equipamento não tem a finalidade de aprovar ou reprovar os alunos, mas sim de oferecer uma noção maior de direção e das diversidades que podem surgir em vias públicas ou rodovias, como buracos no asfalto, chuva, neblina, objetos na pista, dentre outras situações comuns ou não, como o ensino de conceitos básicos de condução, marchas, normas de segurança, circulação em avenidas, congestionamento, e outras.
“A máquina simula muito bem as adversidades que motoristas podem encontrar e, ela certamente tem o poder de contribuir com a diminuição de possíveis acidentes de trânsito, ao permitir sua exposição a situações virtuais sem comprometer a segurança e a integridade do motorista e de seu instrutor. Quem acha que o uso do equipamento é desnecessário, ao fazer uso dele acaba por mudar de ideia, fato que já aconteceu com algumas pessoas que conheço e tinham essa opinião, já que o simulador oferece situações bem reais”, disse Wagner, que informou que na sede do SinCFC, em Campo Grande, há um equipamento similar.
“Já fiz uso da máquina e posso afirmar que parece que estamos vivendo as situações demonstradas na tela, o que acaba cansando, embora seja muito importante seu uso”. Ao fim de cada aula é emitido um relatório com as falhas, que é lançado no site do Sindicato (www.sindcfcms.com.br), para visualização do aluno.
Os Centros de Formação de Condutores somente poderão utilizar simulador de direção previamente certificado e homologado pelo Denatran, que será responsável pela fiscalização do cumprimento dos requisitos e exigências definidas no País.