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Avanço

Sindicato e prefeitura avançam nas negociações e categoria descarta greve

Na avaliação do Sinted, nova proposta da Prefeitura de Três Lagoas para o magistério não é ruim

No período da manhã, servidores  realizaram paralisação  - Ana Cristina Santos/JP
No período da manhã, servidores realizaram paralisação - Ana Cristina Santos/JP

As negociações sobre o reajuste salarial entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted) e a Prefeitura de Três Lagoas avançaram, nesta terça-feira (1º). Com isso, a categoria descarta a possibilidade de greve, embora mantenha a mobilização.

Depois de interromper as atividades nesta terça-feira e deixar 15 mil alunos sem aula, a categoria decidiu “dar uma trégua” e continuar as negociações. Uma passeata que estava prevista para acontecer nesta manhã, inclusive, foi suspensa, já que a administração municipal encaminhou um ofício ao Sinted, convocando a categoria para uma nova rodada de negociação.

Em reunião realizada pela manhã, a administração municipal se comprometeu a conceder aos servidores do magistério 8% de reajuste em abril, retroativo a janeiro e fevereiro, e 3,36%- completando os 11,36% do reajuste do Piso Nacional, em agosto referente à folha de julho.  Em relação ao magistério, esse foi o único ponto de discordância, já que o sindicato quer que os 3,36% sejam retroativos de janeiro a julho. Esse é um dos pontos que começam a ser discutidos a partir desta quarta-feira.

Em relação aos servidores do setor administrativo da Educação, a presidente do Sinted, Maria Diogo, disse que a prefeitura manteve os 4%. “Apenas os administrativos que têm ensino médio com pró-funcionário e curso superior, já tiveram 6% no vencimento base. Portanto, esses vão ter 10% de reajuste. Esses 6% estão garantidos devido ao acordo que fizemos em 2014”, esclareceu.

Na avaliação da presidente do Sinted, a nova proposta da prefeitura para o magistério não é ruim diante do atual cenário econômico e, devido à folha de pagamento da educação estar em quase R$ 5 milhões. Além disso, destacou que os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) têm diminuído. No mês passado, a transferência foi de R$ 4,2 milhões e, em fevereiro, R$ 4,7 milhões.

 “Isso significa que está tendo de haver aporte das receitas próprias. Isso sempre aconteceu, e isso vai acontecer, mas nesse momento em que o País está em crise, temos que ter o pé no chão, no sentido de assegurar o reajuste do grupo magistério, mesmo que seja fracionado durante o ano com todos os efeitos retroativos, do que a gente correr o risco de ir para uma greve, perder essa oportunidade agora de fechar o projeto e perder o nosso projeto de política salarial”, comentou.