Veículos de Comunicação

Alerta

Síndrome respiratória acomete quase 60% de crianças no Estado

Entre os adultos ainda predomina o vírus causador da Covid-19, mas têm aparecido ocorrências com os vírus influenza A e B

A temperatura e o clima mais amenos influenciam no surgimento de doenças respiratórias de forma geral - Agência Brasil/Divulgação
A temperatura e o clima mais amenos influenciam no surgimento de doenças respiratórias de forma geral - Agência Brasil/Divulgação

Cerca de 58% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o Mato Grosso do Sul tem acometido crianças com até nove anos de idade. As informações são do boletim epidemiológico divulgado no dia 2 de maio pela Secretaria Estadual de Saúde. Em Três Lagoas pelo menos 58 pessoas contraíram a doença. 

Os casos de SRAG aumentaram em todo o Brasil. De acordo com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), em pelo menos 19 estados brasileiros foi detectado este aumento. Entre os adultos, predomina, ainda o vírus SARS COV-2, que é o causador da Covid-19. Porém têm aparecido ocorrências causadas pelos vírus influenza A e B. Muitas pessoas estão procurando as unidades de saúde e recebendo o diagnóstico de gripe. 

Segundo a coordenadora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Três Lagoas, Lilian Corazza, na cidade, os casos de SRAG também tem acometido mais as crianças. Por dia, passam pela UPA cerca de 400 pacientes. Uma boa parte deles com sintomas gripais. 

A pneumologista Vanessa Alves explica que o clima mais ameno influencia muito no surgimento de doenças respiratórias de modo geral. “A própria temperatura aumenta a deposição de poluentes e de vírus no ar porque ele fica, de certa forma, mais ‘pesado’. O inverno seco que temos em Três Lagoas facilita a irritação da mucosa e diminui a sua permeabilidade. Esse fator aumenta as chances do vírus ter mais ação”. 

Uma das formas de prevenção, ainda segundo Vanessa, remete aos tempos mais graves da pandemia, pois ela recomenda que as pessoas evitem aglomeração. “A gente acaba procurando lugares mais quentes, fechados e cheios de pessoas. Os pacientes que estão no grupo de risco precisam manter o uso de máscaras enquanto não há o controle total da doença”. 

Assim como as crianças, os idosos são também as principais vítimas da SRAG, justamente por que eles têm a imunidade mais baixa. Em muitos casos é o próprio corpo quem avisa que o quadro da gripe evoluiu para algo mais grave. Esta é a hora de ficar alerta e procurar atendimento médico. “É preciso observar se a secreção começa a mudar de cor e fica mais espessa. Se a indisposição persiste por muito tempo e se a criança não está brincando e fica mais sonolenta e sem comer.”