Os dois suspeitos presos pela morte do delegado aposentado Paulo Magalhães, de 57 anos, executado com seis tiros, em junho de 2013, em Campo Grande, negam participação no crime, segundo o delegado Edilson dos Santos Pereira, responsável pelas investigações. A Polícia Civil ainda investiga quem são os mandantes e a participação de outras pessoas no homicídio.
Além de Pereira, os delegados da Delegacia Especializada de Represão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros Garras Alberto Rossi e Márcio Obara também deram explicações sobre o caso na manhã desta quinta-feira (5), quando o guarda municipal José Moreira Freire, 39 anos, negou participação no crime. O outro preso, um vigilante, 37 anos, não quis falar sobre as acusações. Os suspeitos se apresentaram voluntariamente à polícia nos dia 19 e 21 de agosto, respectivamente.
Conforme Edilson, o guarda municipal era passageiro da motocicleta e suspeito de ter atirado contra Magalhães. O veículo teria sido fornecido pelo vigilante, enquanto o outro suspeito pilotava a motocicleta no momento da execução. Imagens de câmeras de segurança que registraram a ação dos criminosos levaram a polícia a identificar a placa da moto.
Com o prazo de 30 dias para concluir o inquérito, a Polícia Civil tem como objetivo encerrar o caso até a próxima semana. Caso o prazo inicial não seja suficiente, o delegado pode pedir prorrogação por mais 30 dias, além da manutenção da prisão dos envolvidos na sede do Garras.
O responsável pelas investigações também disse que os suspeitos presos não estão colaborando com os trabalhos da polícia. "Apesar de todas as provas contra, eles ainda negam e não dão informações. Isso está dificultando as investigações", afirmou.
O terceiro suspeito, de 29 anos, foi identificado, mas ainda não localizado. A polícia não descarta que ele tenha sido morto e teve o corpo mutilado e carbonizado. Um cadáver foi encontrado próximo ao lixão de Campo Grande, no dia 22 de agosto, com estas características de violência. Pereira afirmou que a polícia aguarda o resultado do exame de DNA para identificação.
Além do cadáver, o Garras não descarta a possibilidade de o crime estar relacionado com as mortes do jornalista Eduardo Carvalho, 51 anos, na noite do dia 21 de novembro de 2012, no bairro Giocondo Orsi, e de Andrey Galileu Cunha, 31 anos, 23 de fevereiro de 2012, no Jardim dos Estados, ambos executados a tiros.
Monitorado
Segundo o Garras, Magalhães estava sendo monitorado pelos três suspeitos cerca de 15 dias antes do crime. Eles usavam um carro de passeio preto para fazer rondas em torno da casa do delegado aposentado e próximo a escola da filha dele, onde aconteceu a execução. A arma e os veículos utilizados no crime não foram encontrados.
Três Lagoas