A estudante três-lagoense Bárbara Chelatka, 17 anos, que foi impedida de participar da segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por ter esquecido o documento de identidade, poderá ter uma nova chance. É que a Justiça Federal do Ceará, acatando um pedido de liminar (decisão provisória) feito pelo Ministério Público Federal, determinou a suspensão do Enem em todo o país.
No domingo, Bárbara já estava dentro da sala da Faculdade AEMS para fazer o Enem, mas por não estar com a identidade foi orientada a sair. “Eu liguei para minha mãe e fiquei aguardando ela trazer o documento fora do pátio, mas quando ela chegou o portão já havia sido fechado”, lamentou a estudante, bastante aborrecida. Ela disse que foi muito bem no primeiro dia e pretendia usar a nota do Enem para pleitear uma vaga de arquitetura e urbanismo na UFMS. Vários outros alunos que também não conseguiram realizar a prova, poderão ter uma nova oportunidade se o exame for suspenso de fato.
A decisão de suspender o Exame é da juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal, com base no argumento de que o erro da impressão das provas prejudicou os candidatos. "O cartão de resposta tinha a mesma divisão de cabeçalho, porém a ordem desses mesmos cabeçalhos estava trocada", escreveu. Em seu despacho, a juíza afirmou ainda que, "em algumas salas", os candidatos foram orientados a preencher o gabarito invertendo a ordem das respostas, o que seria incorreto, pois apenas os cabeçalhos das questões haviam sido alterados.