Depois de gastar dinheiro com a retirada da estrutura do ponto de taxi e também com a revitalização do canteiro, a Prefeitura, agora, volta atrás e, permite que os taxistas continuem ocupando o canteiro central da avenida Rosário Congro.
Na manhã de ontem, maquinários começaram a destruir parte do jardim que existia na avenida Rosário Congro, quase cruzamento com a avenida Filinto Müller para instalar novamente um ponto de taxi, o qual já existia no local e foi demolido em agosto de 2007 por decisão judicial.
Além de determinar a retirada dos pontos de taxi, estacionamento particular, bem como das barracas de lanches que existiam no canteiro central, a justiça determinou que a Prefeitura providenciasse também a revitalização desses espaços públicos.
Em 2010, a Prefeitura contratou uma empresa pelo valor de R$ 58.583,17 para execução de obras de revitalização do canteiro central da avenida Rosário Congro, trecho compreendido , entre a avenida Filinto Müller até a rua Elmano Soares.
TAXISTA
O Jornal do Povo conversou com o taxista João dos Santos Soares, o qual informou que a instalação do ponto de táxi no local representa uma conquista para os profissionais, em especial para ele, e outro colega. Mesmo com a transferência do ponto para outra localidade- na época transferido para a avenida Rosário Congro, em frente ao antigo prédio da Elektro- os dois resistiram a decisão e continuaram no mesmo local, com os veículos estacionados na beira da guia de sarjeta, sem nenhuma cobertura.
Soares disse que conversou com a prefeita e com o responsável pelo Departamento de Trânsito para que os taxistas voltassem a ocupar o canteiro central. Informou também que conversou com o promotor do Meio Ambiente, o qual teria dito que seria necessária uma autorização por escrito por parte da Prefeitura, que é a responsável por permitir ou não a ocupação do canteiro.
Ainda segundo o taxista, o Departamento de Trânsito teria autorizado o retorno deles para o canteiro, uma vez que, do jeito em que eles ficavam com os veículos estacionados na guia de sarjeta, existia risco de ocorrer acidente de trânsito ao fazer o embarque e desembarque de passageiros.
Quanto ao desperdício de dinheiro, João disse que isso poderia ter sido evitado se a Prefeitura tivesse deixado eles no local. “Não sei por que foram retirar a gente daqui”, declarou.
O Jornal do Povo procurou o promotor do Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira para saber se a decisão em permitir o retorno dos taxistas para o canteiro da avenida seria dele, disse que conversou com alguns profissionais e que não se recorda se teria dado permissão, até porque, segundo ele, isso compete a Prefeitura. “Não costumo dar nenhuma autorização verbal e também não me recordo de nenhum documento assinado nesse sentido”, disse o promotor.
A reportagem conversou com a diretora do Meio Ambiente, Ana Paula Mendes Lima, a qual informou que a Secretaria do Meio Ambiente apenas foi comunicada pelo Departamento de Trânsito para fazer a parte do ajardinamento. O JP tentou falar com o diretor do Departamento de Trânsito, Flávio Thomé, mas foi informada que ele se encontra em viagem.