As investigações do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) a respeito do rombo milionário nas contas da prefeitura de Campo Grande, decorrente da existência de folhas salariais paralelas, serão ampliadas.
O aprofundamento das análises pelos técnicos da Corte se dará em função de fortes indícios de que centenas de irregularidades, constatadas ao longo de 2022, estejam sendo praticadas também neste ano pela gestão Adriane Lopes.
Na sessão de ontem (25), por unanimidade foi aprovado requerimento do conselheiro Márcio Monteiro no qual ele solicita “o aprofundamento da fiscalização” com relação aos gastos com os salários dos servidores.
Na justificativa, Monteiro destaca que segundo o relatório fiscal do 2° quadrimestre de 2023 apresentado pela municipalidade, há indicação que a despesa com pessoal neste período está em 56,74% da Receita Corrente Líquida, acima do limite prudencial de 54%.
Em 4 abril deste ano, inspeção do TCE/MS nas contas da prefeitura revelou divergência milionária nos gastos com pessoal.
A equipe técnica, que se debruçou sobre as despesas de janeiro a dezembro de 2022, apontou diferença de R$ 386.186.294,18 entre a despesa apurada, com base nas folhas de pagamentos enviadas ao Tribunal, e a executada orçamentariamente.
O pedido de inspeção feito agora por Márcio Monteiro compreende o período de janeiro a outubro deste ano, mesmo porque as explicações a respeito do rombo financeiro apresentadas tanto por Adriane Lopes quanto pelo ex-prefeito Marquinhos Trad, não convenceram os auditores do TCE/MS.
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