O temporal que atingiu Três Lagoas no domingo passado foi o segundo maior registrado neste ano, na cidade, conforme aponta a Defesa Civil. Em menos de uma hora de chuva forte, os ventos chegaram a 77 km/h, o que provocou a queda de árvores, postes e destelhamento de casas. Além disso, um dos principais problemas causados foi a interrupção no fornecimento de energia elétrica.
Muitas casas permaneceram sem luz por mais de 15 horas. “Apesar do susto com o vendaval, não tivemos muitos problemas estruturais e ninguém se feriu. Porém, a interrupção de energia foi a pior situação para os moradores”, pontuou o coordenador da Defesa Civil de Três Lagoas, Paulo Rebello.
Ela ressalta que a população ficou às escuras e comerciantes tiveram prejuízos por conta da falta de energia. O apagão ainda danificou bombas de abastecimento de água, interrompendo a distribuição para alguns bairros da cidade. A situação só foi normalizada na quarta-feira (11), pela Sanesul.
No relatório enviado à Coordenadoria da Defesa de Civil de Campo Grande, Rabello alerta quanto a intensidade do vento e a possibilidade de outras tempestades na região, mais constante nessa época do ano. Ao menos 40 árvores foram arrancadas pela força do vento e dezenas de residências danificadas.
Ele cita que as três estações instaladas na cidade para a medição do vento, e que pertencem a empresas privadas, também sofreram interferências durante o temporal. “Elas não conseguiram medir a velocidade do vento por algum problema com a energia e queda de raios. Esse registro só foi possível por instituições de Campo Grande”, relatou.
Dado do Centro de Monitoramento de Tempo do Clima e dos Recursos Hídricos (Cemtec) apontou que Três Lagoas registrou ventos de 77 km/h, por volta das 18h de domingo, e chuva de 54 milímetros. A concessionária Elektro informou que 45 mil clientes foram afetados com o apagão devido problemas com duas linhas de transmissão que atendem o município.
Contudo, o coordenador observa que no dia 26 de fevereiro, o vendaval que atingiu Três Lagoas deixou escolas, casas, e instituições públicas alagadas, como também ocasionou centenas de destelhamentos. “Nesse caso, os ventos registrados foram de quase 80km/h”, citou.