A Petrobras desligou no início deste mês, a usina termelétrica de Três Lagoas para evitar “falha catastrófica” na estrutura da unidade, que necessitava de manutenção. Em nota enviada ao Jornal do Povo, a Petrobras esclareceu ainda que o termo “riscos catastróficos” refere-se a possíveis eventos técnicos que trazem uma indisponibilidade mais prolongada do equipamento, sem risco a pessoas ou ao meio ambiente. E que a termelétrica está operando e produzindo 100% da energia programada junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Ainda de acordo com a estatal, solicitações de adiamento, postergação ou aprovação de paradas fazem parte da rotina operacional de relacionamento com o ONS. A Petrobras informa que seguirá atendendo às necessidades do sistema, sempre que possível, garantindo a segurança operacional de suas unidades.
Segundo reportagem publicada pelo Jornal Estadão na semana passada, três dias antes da paralisação da usina agendada para 31 de agosto, o Operador Nacional do Sistema pressionou a Petrobras a manter ligada a termoelétrica, mesmo a unidade precisando de manutenção. E que a Petrobras havia comunicado ao Operador que precisaria paralisar as operações da usina, uma planta de 386 megawatts de potência, porque tinha de fazer uma manutenção importante na estrutura.
Mesmo sendo uma parada programada, o ONS rejeitou o pedido, alegando que “em função do cenário energético, com cargas elevadas e alto despacho térmico”, tinha que manter a “máxima disponibilidade de unidades geradoras”. A Petrobras prosseguiu com a parada emergencial e a manutenção foi feita.