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Saúde

Teste do Pezinho é essencial à saúde dos bebês

Em 6 de junho é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho

Em 6 de junho é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. - Divulgação/Agência Brasil
Em 6 de junho é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. - Divulgação/Agência Brasil

Basta uma pequena amostra de sangue colhida dos bebês, preferencialmente entre o 3º e 5º dia de vida, para detectar (e iniciar acompanhamento e tratamento adequados) de problemas de saúde que podem causar sequelas graves, irreversíveis ou risco de vida ao recém-nascido. As doenças mais frequentes são o hipotireoidismo congênito e a doença falciforme que, juntas, perfazem uma média de 77% dos casos diagnosticados, de acordo com dados do Ministério da Saúde. 

Na próxima terça-feira (06/06) comemora-se o Dia Nacional do Teste do Pezinho. Uma data para conscientizar sobre a importância do exame, que é obrigatório para todos os recém-nascidos e oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, consequentemente, em todos os hospitais da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). 

“O teste do pezinho possibilita a investigação oportuna de várias doenças metabólicas, genéticas, endócrinas, infeciosas, doenças raras e graves que não apresentam sinais clínicos na fase inicial da vida e que se não forem diagnosticadas de forma precoce podem causar sequelas graves, irreversíveis ou risco de vida ao recém-nascido. O diagnóstico precoce permite uma intervenção precoce e melhor evolução da doença”, explica o endocrinologista e pediatra Paulo Serra Baruki, do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), filiado à Rede Ebserh. 

Como e quando? 

O teste é muito fácil e rápido de fazer. É colhida uma pequena amostra de sangue do recém-nascido em papel de filtro próprio, para a realização do exame, que é encaminhado para um laboratório para a análise e pesquisa das doenças que estão no rol da triagem neonatal. 

“Idealmente o teste deve ser realizado entre o 3º e 5º dia de vida. Os recém-nascidos que tiveram alta da maternidade antes da coleta do teste do pezinho são encaminhados à Unidade Básicas de Saúde (UBS) de referência para que colham o exame até o 5º dia de vida”, comenta Baruki. 

E os prematuros, também colhem? 

“Sim! Todos os recém-nascidos colhem amostra de sangue, no entanto, é recomendada uma segunda coleta entre duas e seis semanas de vida, dependendo da idade gestacional/imaturidade e dos procedimentos e medicamentos que foram usados durante a internação na unidade neonatal”, esclarece o pediatra. 

 

E se der alguma alteração no teste?  

Após a análise e pesquisa do exame pelo laboratório, a UBS é avisada para reconvocar os pais e é realizado um novo exame, independente da faixa etária, havendo nova coleta de sangue efetuada em papel de filtro. Após a segunda coleta, se houver a confirmação ou suspeita do exame alterado, é orientada uma avalição médica por um pediatra, preferencialmente, que avaliará os acompanhamentos e tratamentos necessários para cada caso.  

Quais doenças engloba o Teste do Pezinho? 

Até 2021, apenas seis doenças eram identificadas pelo teste do pezinho pelo SUS: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. 

No entanto, a Lei de nº 14.154, de 26 de maio de 2021, estabelece a ampliação de seis para cinquenta o número de doenças que podem ser detectadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo SUS. 

A Lei Federal entrou em vigor em 27 de maio de 2022, e a implementação das doenças ocorrerá em cinco etapas e escalonada conforme cronograma e norma regulamentada pelo Ministério da Saúde. 

No Estado de Mato Grosso do Sul, pelo SUS, o Teste do Pezinho atualmente engloba as seis doenças mencionadas mais a toxoplasmose. 

Sobre a Rede Ebserh 

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.