André Luiz da Cruz Pereira, 23 anos, morto com um tiro na cabeça, em Campo Grande, pode ter sido assassinado por engano e o alvo seria um amigo. A informação foi repassada ao G1 pelo delegado de plantão da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga, João Reis Belo.
Três Lagoas
Testemunha em investigação pode ter sido morta por engano em MS
André Luiz da Cruz, 23 anos, foi morto com tiro na cabeça
Pereira foi morto horas depois de prestar depoimento sobre uma agressão que sofreu durante um show, no dia 2 de março deste ano. O rapaz disse à polícia que foi agredido por seguranças que prestavam serviço no show. Os profissionais são da mesma empresa contratada no dia 18 de maio, quando morreu Idenilson da Silva Barros.
Segundo o delegado, a polícia acredita que o alvo dos tiros era outro jovem, amigo de André Luiz, que estava com a vítima no momento do crime.
Ao G1, o delegado afirmou que a vítima prestou depoimento à tarde da Depac Piratininga e foi morta por volta das 21h (horário de MS), na esquina de casa. Os tiros foram disparados por um suspeito que estava em uma motocicleta. Segundo a polícia, ele já foi identificado.
O jovem que estava com a vítima fugiu após o crime, mas segundo a polícia, também já foi identificado.
Apesar da suspeita de morte por engano, a polícia não descarta a possibilidade de relação entre a morte e o depoimento de André Luiz, que também está relacionado à investigação da morte de Idenilson Barros.
Medo
A mãe da vítima, Luzia Pereira da Cruz, disse ao G1 que o filho havia recebido ameaças. “Ele estava com medo de dar depoimento para polícia, de aparecer em reportagem”, disse Luzia. As investigações do caso serão conduzidas pela 4ª Delegacia de Polícia Civil no bairro Moreninhas, na região do crime.
Ainda de acordo com a mãe, o filho havia sido agredido duas vezes, pelos seguranças da mesma empresa que prestou serviço nos dois shows: no dia 2 de março de 2013 e no dia 18 maio, o último, quando Barros foi morto. A polícia disse ao G1 que consta que a vítima tenha sido agredida em março e não teria ido ao show ocorrido em maio.
Morte
O delegado Cláudio Martins, responsável pelas investigações da morte de Idenilson da Silva Barros afirmou que deve concluir o inquérito do caso nas próximas semanas e que aguarda mais provas do crime.
O rapaz de 20 anos foi encontrado no estacionamento do Jockey Club, depois do show da dupla Munhoz e Mariano. Barros estava acompanhado por amigos, deixou o grupo para dar uma volta e não foi mais visto. A perícia constatou que o corpo tinha sinais de ter sido atropelado.