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Trabalhadores da Ebserh do HU entram em greve a partir desta segunda-feira

Profissionais reivindicam reajuste salarial e alegam que estão há quatro anos sem alteração nos salários

Profissionais em mobilização em frente ao Hospital Universitário - Foto: Divulgação/Sintsep MS
Profissionais em mobilização em frente ao Hospital Universitário - Foto: Divulgação/Sintsep MS

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian em Campo Grande, entraram em greve nesta segunda-feira (26), devido ao não reajuste salarial.

Após reiteradas tentativas de diálogo com o governo federal e este processo se arrastar por quatro anos sem resposta aos empregados, o coordenador da secretaria geral do Sindicato dos Servidores Públicos em Mato Grosso do Sul (Sintsep/MS), Wesley Cássio Goully, os trabalhadores exigem da gestão da Ebserh e do governo federal o mínimo de valorização pelos serviços prestados durante a Pandemia de Covid-19 e a dedicação em restabelecer a saúde da população.

“Nós esperamos que esse movimento faça com o que governo negocie com a gente. São quatro anos sem reajuste. A gente merecia o mínimo de consideração depois dos trabalhos prestados da pandemia, onde lutamos para restabelecer a vida das pessoas. Não é algo distante, estamos pedindo somente a correção inflacionário desses últimos quatro anos”, disse.

Wesley explica que a relatora do dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, determinou o percentual mínimo de manutenção de trabalhadores, em seus respectivos locais de trabalho, na base de 50% em cada área administrativa e de 60% para cada área médica e assistencial, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

“Vamos entrar em greve por tempo indeterminado até o governo negociar valores que sejam justos. Mas, devido a determinação da ministra, 60% da área assistencial e médica vai atender e 50% da área administrativa estará atendendo. Os profissionais tem o compromisso em manter a saúde e restabelecer a vida dos nossos usuários internos e das atividades essências que aparecer neste período de greve. Então 100% das atividades hospitalares não vão parar, mas vamos diminuir consideravelmente”, explica Wesley.

Por meio de nota, a Ebserh informa aos empregados que com o início das manifestações, fica ainda mais clara a vontade dos empregados, semelhante à da Ebserh, em uma resolução rápida para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Diante do impasse nas negociações, a Ebserh peticionou no dia 10 de agosto, no próprio TST, pedido para análise dos ACT’s em curso, requerendo o julgamento imediato do dissídio coletivo, inclusive quanto aos ACTs em aberto.

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