Os trabalhadores em educação da Rede Pública Estadual de Mato Grosso do Sulparalisam, hoje, suas atividades em defesa da valorização da categoria. A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) recusou a proposta do governo do Estado em relação aadoção de uma nova política salarial para o magistério.
Três Lagoas
Trabalhadores em educação paralisam atividades nesta terça-feira
Em todo o Estado não haverá aula nas escolas estaduais, inclusive, Três Lagoas
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted)de Três Lagoas, Maria Diogo, hoje, em Campo Grande, haverá uma manifestação da categoria para pressionar o governo do Estado a rever a proposta. Em todo o Estado não haverá aula nas escolas estaduais, inclusive, Três Lagoas.Ontem de manhã, o Sinted realizou assembleia para escolher os 15 delegados que participam hoje da mobilização na capital.
Na reunião realizada ontem na Governadoria, segundo a Fetems, o governo foi intransigente e alegou que não existe a possibilidade deimplementar o Piso Nacional para 20 horas a médio prazo. A proposta da federação visa ainstituição do piso com essa carga horária no prazo de três anos, mas o governo estadual, propõe adotar a medida em prazo de oito anos.
O presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli César, enfatizou que a mobilização desta terça-feira, em Campo Grande, vai repudiar a falta de sensibilidade e compromisso do governo estadual com a valorização dos trabalhadores em educação. “Vamos ocupar as ruas de Campo Grande para defender nossa posição, lutar pela valorização profissional da categoria e por uma educação pública de qualidade. Temos compromisso com o reconhecimento e a valorização dos profissionais em educação”, declarou.
A categoria já aprovou, inclusive, um indicativo de greve para o início do próximo ano letivo. De acordo com o presidente da Fetems, a luta da federação é por uma política salarial justa, que respeite os critérios reivindicados pela categoria e estabeleça valores para o regime de 20 horas semanais.
GOVERNADOR
Durante agenda de ontem à tarde em Três Lagoas, o governador André Puccinelli comentou sobre esse assunto. “Eu disse que daria para implantar o piso de 40 horas semanais, para 20 horas semanais, ou seja, dobrar o piso parceladamente em oito anos. O que eu quis dizer é o seguinte: O INPC mais a variação da metade do valor do Fundeb, já dá acima da inflação. E, a cada ano, próximo disso, 4% a maior para que nos oito anos pudesse ser atendido os 31% reivindicados. O piso hoje representa 69% de 20 horas em relação ao de 40 horas semanais.
Então,esta é umaproposta espetacular, que se eles transmitirem para toda categoria, ela não votaria por paralisação”, comentou.
Puccinelli disse que, em três anos não é possível implantar da maneira que a Fetems quer. “Não há governador, mesmo que tivesse Jesus Cristo na Secretaria de Fazenda, queconseguiria cumprir o que eles pedem”, comentou.