O número de internos trabalhando nas unidades penais de Mato Grosso do Sul cresceu em 45% em comparação ao ano passado. O aumento foi apontado pelo Relatório da Divisão de Trabalho da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), referente ao mês de março.
Conforme dados do órgão estadual, hoje são quase cinco mil internos trabalhando; o equivalente a mais da metade da população carcerária do Estado, estimada em 9,6 mil internos.
Segundo o levantamento da Divisão do Trabalho, 40% dos internos que realizam atividades dentro das unidades penais são remunerados – a remuneração de ser de, no mínimo, ¾ do salário mínimo (R$ 382,50) ou incidir sobre a produção de cada um.
No presídio feminino de Campo Grande, além da remissão da pena (um dia a menos a cada três dias trabalhados), o trabalho também serve para ensinar uma nova profissão. Atualmente, 20 internas trabalham com costura industrial e estão sendo capacitadas na área de confecção.
Dentro do contexto de trabalho remunerado, 1,7 mil internos em regime semiaberto, aberto e de liberdade condicional trabalham com remuneração no Estado. Em Três Lagoas, a Unidade Assistencial Patronato possui 377 presos cadastrados, sendo 350 homens e 25 mulheres. Deste total, 219 já estão inseridos no mercado de trabalho formal, entre eles 206 homens e 13 mulheres.
Já no regime fechado, o presídio masculino, conta com o projeto “Liberdade sobre Rodas”. Pouco mais de dez internos atuam na confecção de cadeiras de rodas doadas à comunidade. O restante daqueles que trabalha desenvolve atividades de rotina e manutenção nas próprias unidades.