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Editorial

Trânsito Violento

Leia o Editorial, da edição do Jornal do Povo, que circula neste sábado (7)

Leia o Editorial, da edição do Jornal do Povo, que circula neste sábado (7). - Arquivo/JPNEWS
Leia o Editorial, da edição do Jornal do Povo, que circula neste sábado (7). - Arquivo/JPNEWS

Três Lagoas cresce a passos largos. O último censo do IBGE em fase de conclusão já aponta que a cidade abriga mais de 132 mil habitantes. Portanto, cresce vertiginosamente e ao mesmo tempo começa a apresentar alguns problemas que precisam ser equacionados. A despeito do empenho da administração municipal encaminhar e solucionar questões na urbanização da cidade e sua infraestrutura, assim como em outros setores, o trânsito em nossas ruas continua a desafiar nossos gestores. Embora a cidade esteja bem sinalizada, inclusive, com a constante instalação de semáforos, ciclistas avançam constantemente o sinal vermelho, desafiando o perigo e surpreendendo motoristas que não esperavam “furo do sinal”. Avançam como se este alerta para eles não existisse. Debocham daqueles que os recriminam pela infração e sem medo de serem atropelados continuam com suas pedaladas até mesmo na contramão de direção pelas vias da cidade. Sem plaquetas refletivas e nem farol, surpreendem motoristas no período noturno quando transitam pelas vias mais escuras e pouco iluminadas da cidade. É impossível enxergá-los na escuridão da noite. Não bastasse, motociclistas imprimem alta velocidade pelas ruas da cidade, desafiando o perigo e a própria vida. Infelizmente, vez por outra, acidentes ceifam vidas juvenis, enlutando famílias e entristecendo amigos. 

Alguns são vítimas de motoristas incautos que não observam o sentido preferencial para o  tráfego de seus veículos e avançam em cruzamentos de ruas, causando desastres irreparáveis, mutilando e matando o próximo. Para agravar, diligências da Polícia Militar identificam mensalmente dezenas de condutores de veículos automotores sem Carteira Nacional de Habilitação. Circunstância da mais alta gravidade, porque aquele que é pilhado sem habilitação, desconhece na maioria das vezes as regras de trânsito. Para piorar o trânsito, condutores de bicicletas elétricas sem o conhecimento elementar das normas de trânsito, desafiam constantemente o perigo, seja em alta velocidade ou na contramão de direção. É assim que o trânsito da cidade vai se tornando violento, agravado pela circulação de caminhões pesados e ônibus de empresas que recolhem trabalhadores para os conduzirem até o seu local de trabalho.

Vivemos o caos da alta velocidade e da falta de cautela que transforma o trânsito em arma mortífera. Por tudo, é preciso que seja incrementado pelas autoridades do trânsito municipal campanha de educação no trânsito. Mas, de forma massiva visando diminuir os altos índices de acidentes que se registra semanalmente. Não bastam declarações ou alertas, eventualmente, sobre os perigos no trânsito e suas consequências. É preciso divulgar uma campanha de educação no trânsito com vigor e intensidade, sem improvisações, até porque essa abordagem coletiva precisa ser pensada e arquitetada por educadores para o trânsito e por publicitários que tenham capacidade de tornar essas ações mais compreensíveis com resultados satisfatório e que contribuam para a redução de acidentes registrados a todo instante na cidade.