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Três Lagoas

Transparência e busca pelo título Estadual são metas do novo presidente do Misto

Milton Denys Pereira é o novo presidente do ?Carcará da Fronteira?

Milton Denys Pereira, novo presidente do ?Carcará da Fronteira? -
Milton Denys Pereira, novo presidente do ?Carcará da Fronteira? -

Ele assumiu a presidência do Misto Esporte Clube, de Três Lagoas no começo desse mês. Disse que terá total autonomia para administrar o Misto, e que uma de suas principais bandeira a frente do “Carcará da Fronteira” será a transparência e a busca pelo título inédito do Campeonato Estadual. Na entrevista especial dessa semana, o Jornal do Povo conversou com o advogado Milton Denys Pereira, novo presidente do Misto.

Jornal do Povo – Quem é André Milton Denys Pereira, e sua formação?
André– Sou advogado, sócio nacional de um grande escritório, com quase 110 advogados em todo o Brasil, coordenador da unidade do escritório em Três Lagoas. Sou pós-graduado em Direito Tributário, MBA em Gestão Empresarial, Finanças e Controladoria.

JP – O senhor é de onde e como veio para Três Lagoas?
André – Sou nascido em São Paulo, passei boa parte da minha vida em Ribeirão Preto e, de lá que vim para Três Lagoas, há 4 anos. Vim para Três Lagoas através de uma ideia do Dr. Francisco Leal de Queiroz Neto, que consistia em abrir uma unidade do escritório aqui. O Dr. Francisco que é de família tradicional aqui da cidade, Família Queiroz, e eu que vim com o objetivo de coordenar a unidade aqui instalada, depois de passar por vários projetos em todo o país.

JP – O senhor atua em que área da advocacia?
André – Nós atuamos em todas as áreas da advocacia, consultoria jurídica e eu, especificamente, atuo na área tributarista, societária e planejamento sucessório e familiar.

JP-O Senhor assumiu recentemente a presidência do Misto, o porquê e como foi que surgiu esse convite?
André – Primeiramente eu entrei no Misto a convite do Teixeira, por intermédio do Paulo Salomão. Logo após assumi a Diretoria Jurídica do Misto, onde desenvolvi, junto à Diretoria um trabalho bem diferenciado este ano. Conseguimos profissionalizar algumas coisas no Misto, foi quando o ex-presidente Miro, resolveu deixar a Presidência, confiando que eu seria uma pessoa que estaria apta a dar seguimento nos projetos a frente do Misto, a quem eu agradeço bastante, juntamente aos outros membros integrantes da Diretoria

JP – O senhor terá autonomia de fato para administrar o Misto, ou o Miro continuará nos bastidores com o poder da caneta?
André – Obviamente que eu não aceitaria se fosse diferente, eu tenho total autonomia para comandar os futuros projetos do Misto, mas é claro que eu só aceitei pelas pessoas que compõe a atual Diretoria, assim como outros nomes que, em breve, anunciaremos. É um grupo forte. Esse grupo pensa, decide e executa as questões juntos, mas hoje tenho total autonomia para gerir o Misto.


JP – O correto não seria a reformulação do estatuto do Misto para que os associados pudessem ter direito a voto e escolher a nova diretoria do time?
André – Em relação ao Estatuto, já estou realizando um estudo detalhado e, com certeza, traremos novidades, como a oficialização de associados e a regulamentação das eleições. Isso tudo é um passo que nós estaremos tomando, um passo de cada vez, mas sem perder o foco, ou seja, a profissionalização do Misto, esse é um passo que, com certeza será analisado.

JP– A diretoria já está totalmente formada?
André – A Diretoria está praticamente formada e no início de Agosto nós divulgaremos os nomes que vão compor a Nova Diretoria para este ano.

JP – Como tornar as coisas mais transparentes, já que muitas pessoas ainda tem desconfiança devido ao que já aconteceu em relação ao dinheiro que foi repassado para o Misto devido a sua participação na Copa do Brasil?
André – A transparência é uma bandeira que nós carregaremos nessa gestão, um dos exemplos disso é que hoje nós temos em nossa diretoria membros do Ministério Público, pessoas muito acostumadas com o trato do dinheiro público e isso é uma das provas que essa Diretoria está extremamente bem intencionada e com total transparência de suas contas.

JP– Desde quando o senhor acompanha o Misto?
André – Acompanho o Misto, como expectador, desde que cheguei a Três Lagoas, em 2010, e desde logo, se tornou uma paixão.

JP– Qual é o período que ficará a frente da equipe e quais são os projetos futuros para o Carcará da Fronteira?
André – Atualmente meu mandato vai até o final do ano de 2014 e aí, então, faremos o balanço de como será esse período para depois se falar em continuar na Presidência, ou trazer um novo nome para dar seguimento nas coisas do Misto. Eu estou disposto a ajudar o Clube, da maneira que for necessária para trazer os resultados estimados.

JP – Pelo tempo que o senhor acompanha o Misto, já deu para ter uma ideia das principais dificuldades do time e o que precisa para torná-lo um time realmente profissional?
André – A grande dificuldade do Misto é financeira. O Misto está prestes a anunciar a nova diretoria e esse grupo sabe como fazer as coisas de maneira profissional e já começou a tomar os caminhos para que o clube, realmente, se profissionalize. Precisaremos de bastante apoio, não só da iniciativa privada, mas também do Poder Público, para que possamos representar bem Três Lagoas na Primeira Divisão do Campeonato.

JP– Na sua gestão, o senhor pretende montar uma equipe, entre técnicos e jogadores para brigar pelo título do Campeonato Estadual que o Misto ainda não tem?
André – Pretendo que a minha gestão seja marcada pela inovação, pela transparência e por um marco no crescimento do Misto no cenário estadual e nacional e, também, pela criação das categorias de base do Misto e, quem sabe, um projeto para termos o nosso Centro de Treinamento.


JP – Quando o senhor pretende iniciar as contratações da equipe técnica e dos jogadores visando o Campeonato Estadual de 2014?
André – As contratações, nós já pensamos em começar a efetuar entre outubro e novembro, para que possamos estar com todos os atletas, no mais tardar, no início de dezembro.

JP – O que pode ser diferente na sua gestão em relação às demais?
André – Como projetos para o futuro, nós já apresentamos o projeto para estruturar as categorias de base do Misto em conjunto com um instituto de São Paulo atrelado a um projeto social também, que vai cuidar de inúmeras crianças carentes, atraindo as crianças através do esporte, mas dando um pouco de cidadania a todas elas e usando o nome do Misto nesse projeto. No ponto de vista do time profissional, já iniciamos com bastante antecedência vários contatos para criar um time forte para participar do campeonato do ano que vem em busca do titulo (inédito), o que é nosso maior objetivo. Conseguimos, com um trabalho junto à Federação, uma vaga na Taça São Paulo de Futebol Júnior, o que começa a nos destacar no cenário nacional.

JP – Como pretende fazer para conseguir apoio financeiro para o campeonato de 2014, e qual seria o valor ideal para montar uma equipe forte e com condições de brigar pelo título estadual?
André – Hoje, nós ainda não fechamos o orçamento, mas o Misto para ser campeão estadual, necessitará de um orçamento, aproximadamente, em torno de R$1.000 000,00 (um milhão de reais), onde precisaremos de apoio de todos os lados, para que consigamos atingir essa meta, através da bilheteria (onde o Misto teve o recorde de renda no, ano passado), do apoio da nossa torcida, das empresas da cidade e do Poder Público.

JP– Disputar novamente a Copa do Brasil é uma meta do senhor?
André – Como eu disse a meta do Misto esse ano é o título estadual e, consequentemente, a Copa do Brasil.

JP– Qual a visão que o senhor tem do futebol de Mato Grosso do Sul e da Federação de Futebol do Estado?
André – A visão que eu tenho do futebol no Mato Grosso do Sul, é que realmente há necessidade de um profundo choque de gestão nos clubes com a busca da transparência e da profissionalização. Do ponto de vista de gestão, já temos times um pouco mais avançados, mas numa visão geral, precisa melhorar bastante. Em relação à Federação, estou tendo um relacionamento mais próximo agora, mas, a princípio, o Misto trabalha para andar com as próprias pernas e só esperamos que a Federação esteja sempre preocupada em fazer um bom campeonato, apoiando os times do Mato Grosso do Sul.

JP – A Federação divulgou que haverá um novo campeonato para o segundo semestre no próximo ano, o senhor acha que é viável e interessante para as equipes que já encontram dificuldades para disputar o Campeonato Estadual?
André – Essa questão de um novo campeonato do segundo semestre, eu não tenho conhecimento, nossa diretoria não foi comunicada de nada, mas isso tem que ser muito bem pensado, tendo em vista que já há dificuldades de se participar com o nosso calendário do Campeonato Estadual. Temos ainda que nos preocupar, esse ano, com a nossa participação na Taça São Paulo, portanto, isso tem que ser muito bem estudado para que seja viável.